Uma megaoperação das polícias Civil e Militar realizada nesta terça-feira (28) no Rio de Janeiro resultou em 64 mortes, incluindo quatro policiais. A ação foi deflagrada nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital fluminense, com o objetivo de combater integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
De acordo com informações do Palácio Guanabara, sede oficial do governo do Estado, esta é a operação mais letal da história do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, entre os mortos estão 52 suspeitos de envolvimento com o grupo criminoso, sendo dois oriundos da Bahia.
A ofensiva faz parte da Operação Contenção, uma iniciativa permanente do governo fluminense voltada ao enfrentamento de facções criminosas. As ações começaram ainda na madrugada, quando os agentes foram recebidos a tiros por traficantes nas comunidades.
Com o avanço dos confrontos, a Polícia Militar mobilizou todo o efetivo disponível e suspendeu atividades administrativas. Ao todo, mais de 2.500 agentes participam da operação. Até o fim da manhã, o balanço parcial indicava 81 prisões e 42 fuzis apreendidos.
Em declaração ao jornal O Globo, o governador Cláudio Castro (PL) classificou a ação como uma medida de defesa diante da escalada da violência.
“Essa operação de hoje tem muito pouco a ver com Segurança Pública. É uma operação de Estado de Defesa. É uma guerra que está passando os limites de onde o Estado deveria estar sozinho defendendo. Para uma guerra dessa, que nada tem a ver com a segurança urbana, deveríamos ter um apoio maior e até das Forças Armadas. É uma luta que já extrapolou toda a ideia de Segurança Pública e que está na Constituição. O Rio está sozinho nessa guerra”, afirmou o governador.
As forças de segurança continuam atuando nas comunidades, e o governo estadual informou que novas atualizações sobre o balanço da operação serão divulgadas nas próximas horas.
Fonte: Bnews
