Funcionárias de uma rede de postos de combustíveis no Recife relataram que, além de serem obrigadas a usar legging e cropped como uniforme, também precisavam gravar vídeos de dança para o TikTok e manter um “padrão” corporal. As informações foram divulgadas pelo advogado do Sinpospetro-PE, que acompanha a denúncia.
A investigação teve início após uma ex-funcionária procurar o sindicato para relatar irregularidades no pagamento do FGTS. Durante o atendimento, ela mencionou a exigência do uniforme e outras situações enfrentadas no ambiente de trabalho. Segundo o advogado Sérgio Pessoa, mulheres consideradas “fora do padrão” teriam sido demitidas após a chegada de uma nova gestão.
O caso resultou em uma decisão da Justiça do Trabalho determinando que a rede forneça, em até cinco dias, roupas adequadas às funcionárias, como calças de corte reto e camisas de comprimento padrão. Em caso de descumprimento, a empresa está sujeita a multa diária de R$ 500 por trabalhadora. A juíza responsável pelo despacho afirmou que o uniforme imposto expunha as funcionárias a constrangimentos e potencial assédio.
Em nota, a rede declarou que as fotos em circulação mostrando funcionárias de legging são antigas e não representam as práticas atuais. A Petrobahia, responsável pela marca, afirmou seguir normas de segurança e manter padrão de fardamento adequado em todas as unidades.
As informações são do Notícias ao Minuto





