Uma funcionária do PL do Piauí alega que foi demitida do partido de Jair Bolsonaro por intolerância religiosa.
A Federação Umbandista do Brasil (Feubra) emitiu nota na qual “repudia com firmeza” os atos praticados contra Denise Xavier, secretária-adjunta da sigla no estado.
A entidade afirma que, “em mensagens de WhatsApp, Denise foi chamada de ‘macumbeira’ de forma ofensiva e acusada, sem qualquer prova, de ter levado um despacho para a sede do partido. Também disseram que instalariam câmeras para verificar se ela estaria levando ‘terra de cemitério’ ao local — acusações preconceituosas e carregadas de estigmas contra religiões de matriz africana”.
A coluna teve acesso aos áudios com as mensagens.
A Feubra destaca que a “Umbanda é religião, merece respeito e proteção” e que essas condutas violam a Constituição e configuram intolerância religiosa.
“Exigimos que o PL-Piauí identifique e responsabilize os envolvidos. Reiteramos nossa solidariedade a Denise Xavier e nosso compromisso em defender a liberdade de fé e a dignidade dos umbandistas em todo o Brasil”, diz a nota.
O episódio ocorre em um partido cuja base é majoritariamente composta por evangélicos, entre eles, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
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