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Bolsonaro: defesa quer cirurgia e prisão domiciliar humanitária após golpe da dosimetria

Impossível imaginar que não seja uma operação casada. Concomitante à noite e madrugada vergonhosa desta terça (09), para quarta-feira (10), na Câmara dos Deputados, com agressões contra o deputado Glauber Braga (PSOL), expulsão da imprensa da Casa e, ato contínuo, a aprovação da PL da Dosimetria, chega outra novidade.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido para que ele seja autorizado a realizar uma cirurgia no hospital DF Star, em Brasília. Os advogados solicitaram ainda que Bolsonaro seja transferido para prisão domiciliar em caráter humanitário.

“Diante de todo o exposto, das provas médicas acostadas e da excepcional gravidade do quadro clínico apresentado, requer a Vossa Excelência: Autorização e remoção do Peticionário ao hospital DF Star, a fim de que possa ser submetido às intervenções cirúrgicas indicadas pelos médicos responsáveis pelo seu tratamento, bem como sua permanência no hospital pelo tempo necessário”, escreveram os representantes do ex-presidente.

Segundo a petição, os médicos estimam que as cirurgias às quais Bolsonaro deve ser submetido demandam “imediata internação hospitalar, de 5 a 7 dias”. A defesa afirma que o ex-presidente precisa passar por procedimentos para tratar o quadro de soluços persistentes — considerados sequela de cirurgias anteriores — e também devido à piora de uma hérnia inguinal unilateral, que, segundo os advogados, “indica a necessidade de intervenção cirúrgica”.

Para justificar a concessão de prisão domiciliar humanitária, os advogados sugeriram que Bolsonaro seja monitorado eletronicamente, além de cumprir “demais condições” que o ministro considerar adequadas. “Em consonância com a jurisprudência firmada desta Suprema Corte e com os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, do direito à saúde e da proteção integral ao idoso”, afirmaram.

A defesa também pediu permissão para que Bolsonaro possa ser transportado para tratamento médico sem necessidade de comunicação prévia ao STF. Eles solicitaram “a autorização para deslocamento exclusivo para tratamento médico, mediante prévia comunicação, ou, em casos de urgência, com posterior justificativa”.

Relatório médico
Na solicitação enviada ao Supremo, os advogados anexaram um relatório médico que, segundo eles, comprova a necessidade de cirurgia. “Nas últimas semanas tem se queixado de dores e desconforto na região inguinal, potencializados pelo aumento de pressão abdominal intermitente, causada pelas crises de soluços. Assim torna-se necessário o tratamento cirúrgico sob anestesia geral”, descreve o documento.

A defesa reforça que Bolsonaro sofre de um quadro de soluços constantes. “O sintoma já levou o peticionante ao hospital por episódios de falta de ar e síncope, revelando risco real de descompensação súbita e hoje, conforme agora informando, exige intervenção cirúrgica”, afirmam os advogados.

Eles acrescentam que “houve novas intercorrências médicas que demandam a pronta atenção” do STF para o estado de saúde do ex-presidente.

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