O laudo elaborado pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, divulgado nesta quarta-feira (17), confirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou violar a tornozeleira eletrônica durante o período em que esteve em prisão domiciliar, fato que resultou na sua prisão preventiva, em 22 de novembro.
“Destaca-se que os danos no material questionado apresentam características de execução grosseira, o que sugere que a ferramenta foi utilizada sem precisão técnica”, disseram os peritos.
Em depoimento, Bolsonaro confessou ter danificado o equipamento na madrugada do dia 22 de novembro com um ferro de solda, o que levou à ativação do alarme do aparelho.
“O aspecto físico e as análises realizadas na área danificada sugerem que na tornozeleira eletrônica foi empregada uma fonte de calor concentrado com ferro em sua composição. Testes realizados com ferro de solda na superfície do material questionado exibiram aspectos compatíveis com os danos verificados”, aponta o laudo.
O laudo foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte.
Preso em uma sala da Superintendência da PF, em Brasília, Jair Bolsonaro cumpre desde 25 de novembro a execução da pena de 27 anos e três meses de prisão pelo seu envolvimento na trama golpista.
