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Quarto de Bolsonaro em hospital terá vigilância permanente da Polícia Federal

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (23) que a Polícia Federal mantenha vigilância e segurança ininterruptas durante a internação hospitalar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), autorizada para a realização de cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral. A decisão prevê fiscalização 24 horas por dia, com a presença mínima de dois policiais federais posicionados na porta do quarto no Hospital DF Star, em Brasília.

De acordo com o despacho, a Polícia Federal será responsável pela segurança integral do custodiado e das dependências hospitalares, mantendo equipes de prontidão dentro e fora da unidade de saúde pelo período considerado necessário.

A determinação também impõe restrições ao ambiente hospitalar. Fica proibida a entrada de computadores, telefones celulares ou quaisquer dispositivos eletrônicos no quarto ocupado pelo ex-presidente, com exceção de equipamentos médicos. A Polícia Federal deverá assegurar o cumprimento da medida.

Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão no processo relacionado à trama golpista e está preso desde o dia 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal.

A cirurgia está prevista para o dia 25 de dezembro, Natal. A internação ocorrerá nesta quarta-feira (24), conforme solicitação da defesa. A autorização foi concedida após manifestação favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) e análise de laudos médicos elaborados por peritos da Polícia Federal.

Ao analisar o pedido, o ministro Alexandre de Moraes determinou inicialmente o envio de exames e relatórios médicos e exigiu a realização de perícia oficial, concluída no dia 17 de dezembro. Dois dias depois, os peritos indicaram a necessidade de intervenção cirúrgica em caráter eletivo, com recomendação de realização em prazo breve.

Na mesma decisão, o ministro negou o pedido da defesa para conversão da pena em prisão domiciliar, argumentando que a legislação prevê esse benefício apenas para condenados em regime aberto. Após o procedimento e a alta médica, Bolsonaro deverá retornar imediatamente ao sistema prisional.

As informações são do Metrópoles

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