Lágrimas e emoção. Assim foi o fim da partida entre França e Croácia na transmissão da TV Globo. Após narrrarem a partida que terminou sagrando os franceses como campeões, o comentarista Walter Casagrande se emocionou e, às lágrimas, falou que a Copa da Rússia foi sua maior conquista, pois conseguiu permanecer sóbrio durante todo o seu período. Ao chorar, fez o narrador se emocionar também.
“Essa é a Copa mais importante da minha vida. Eu tive uma proposta quando vim para cá, quando saí do Brasil, que era chegar pela primeira vez numa Copa do Mundo sóbrio, permanecer sóbrio e voltar para a minha casa sóbrio. Então, estou muito feliz”, disse Casão, chorando. Ele assumiu publicamente, no início do ano, que estava lutando contra o vício de cocaína.
Na sequência, Arnaldo Cezar Coelho – parceiro de Galvão em transmissões há mais de 30 anos – anunciou aposentadoria do cargo de comentarista de arbitragem na TV Globo.
“A vida da gente é feita de fases. Eu tive a minha como árbitro de futebol, cheguei a apitar uma final (de Copa, a de 1982, entre Alemanha e Itália), que é o grande momento da vida de um árbitro. Eu tive minha fase como comentarista em todas as Copas do Mundo que você (Galvão) esteve comigo. E quero dizer que está chegando ao fim essa fase. Tenho novos projetos, a Rede Globo está de portas abertas, eu sei disso, mas quero descansar um pouco, porque é realmente uma vida fatigante. Quero me dedicar um pouco à família e aos meus negócios também”, emendou Arnaldo, também às lágrimas.
Galvão agradeu ao amigo e colega de trabalho: “Obrigado a você, Arnaldo. Por esses 30 anos ao meu lado, por tudo o que me ensinou, por todos os conselhos que me deu, obrigado pela amizade das famílias, dos filhos, isso é mais importante do que tudo. Que você tenha certeza que abriu um caminho, uma estrada nova para uma nova profissão de ex-árbitros de futebol. Você é o grande Arnaldo Cezar Coelho. Meu amigo querido. Pode isso, Arnaldo? Pode. Você pode fazer o que quiser. Quero te agradecer”.
Ao final da transmissão, o narrador deixou incerteza no ar sobre a sua permanência nas transmissões de Copa do Mundo. “Vamos deixar para falar do futuro depois. Não sei se essa foi a última, mas foi tão maravilhosa como se tivesse sido a primeira”, falou Galvão, que já narrou 12 Copas do Mundo pela Globo.
Fonte: Correio24horas