Um dos suspeitos de hackear o celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, é Walter Delgatti Neto. Preso nessa terça-feira (24) em meio à operação Spoofing, da Polícia Federal, ele é filiado ao Democratas.
A informação foi divulgada pelo portal O Antagonista, mas pode ser conferida no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A lista de filiados ao partido mostra que ele se filiou em 22 de junho de 2007 pelo município de Araraquara, em São Paulo.
Envolvido em política, suas postagens recentes no Twitter mostram que ele é um crítico da Operação Lava Jato e defende a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado em processos decorrentes da operação.
Além disso, segundo o portal, Delgatti já foi preso e condenado por receptação, falsificação de documentos e porte ilegal de armas. Segundo o portal, ele é também investigado por crimes de estelionato e foi detido em 2015 com uma carteira falsa de delegado de polícia.
Os fatos são destacados porque o responsável por determinar a condenação de Lula foi o então juiz Sergio Moro, que, pouco depois de anunciar que foi alvo de uma ação de hackers, passou a ter seu nome envolvido em uma série de vazamentos. O site The Intercept Brasil tem publicado matérias sobre mensagens entre Moro e coordenadores da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF). O conteúdo dos diálogos, cuja autenticidade não é reconhecida pelos envolvidos, mostra uma colaboração entre os dois, com o ex-juiz interferindo nos rumos das investigações.