BRASIL

Greve de caminhoneiros não se confirma, mas categoria ainda pode parar

A greve de caminhoneiros, convocada para esta segunda-feira (16), não se confirmou. Até as 9h30 da manhã não havia registros de paralisação em nenhuma estrada do Brasil. Mas a categoria está em alerta e o risco de paralisação ainda existe.

Os caminhoneiros estão de olho em duas medidas que poderão determinar se haverá greve ou não. A primeira será conhecida amanhã. Trata-se da publicação, no Diário Oficial da União, da resolução que determina o cumprimento das regras de emissão da CIOT pelas transportadoras.

CIOT é a sigla de Código Identificador da Operação de Transporte. O documento serve para regulamentar o pagamento do valor do frete ao caminhoneiro. “A empresa que contratar frete abaixo da tabela ficará sujeita a multa de até R$ 5 mil”, afirma Wallace Costa Landim, o Chorão, conhecido por ter sido um dos líderes da greve de 2018.

Nova tabela de frete

A segunda medida que pode levar à greve de caminhoneiros e a nova tabela de frete. A divulgação está prevista para o dia 20 de janeiro. “Vamos analisar se o governo vai começar a atender nossas demandas. Desde a paralisação feita no ano passado, nada mudou”, diz o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José Araújo Silva, o China.

A nova tabela de frete será divulgada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Um estudo feito pelo grupo de pesquisa em Logística Agroindustrial ESALQ-LOG, ligado à Universidade de São Paulo, informa que o setor espera um reajuste médio em torno de 14%.

China teme que não haja reajuste nos valores pagos aos caminhoneiros. Segundo ele, em audiência pública feita na  ANTT no dia 22 de novembro, os representantes dos embarcadores se recusam a negociar aumento para o frete.

“Tem de haver fiscalização por parte do governo para que se faça cumprir o pagamento justo e estabelecido”. China diz que se isso não ocorrer, a categoria terá motivos para uma nova greve. “O caminhoneiro tem de sobreviver”, afirma. “Quando (a tabela) sair, tem de ser cumprida”, afirma Chorão.

Fonte: Estadão

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo