O senador Flávio Bolsonaro visitou o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega quando este estava preso por “mais de uma vez”. Foi o que revelou o vereador fluminense Ítalo Ciba (Avante), sargento da Polícia Militar, ao jornal O Globo.

Ele esteve na prisão no mesmo período que o ex-policial militar, e conta que ambos receberam visitas do senador em mais de uma ocasião. De acordo com a reportagem, Ciba integrava o Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 16º BPM (Olaria), comandado por Adriano. 

Em novembro de 2003, ele, Adriano e outros seis policiais receberam de Flávio, na Assembleia Legislativa, uma “moção de louvor”. Alguns dias depois, porém, os integrantes do GAT foram presos e começaram a responder um processo por homicídio, tortura e extorsão. 

Nesse período, Flávio os visitou na prisão. Questionado sobre as visitas, o senador respondeu, por meio de nota, que esteve apenas uma vez na cadeia, em 2005, para ver Adriano e entregar a medalha Tiradentes — maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). “Não há nenhuma relação de Flávio Bolsonaro ou da família com Adriano”.

Anteriormente, Flávio havia dito que sua relação com o ex-capitão se resumia ao reconhecimento de seu trabalho como policial. O vereador também disse a reportagem que o miliciano morto no início de fevereiro frequentava o gabinete de Flávio a convite de Fabrício Queiroz, ex-chefe da segurança do filho de Bolsonaro.

“Sei que ele [Adriano] se dava muito bem com o Flávio, devido ao Queiroz. Queiroz trabalhou com Adriano lá atrás. Eu sei que o Adriano, de vez em quando, o Queiroz chamava pra ir lá no gabinete. Ele ia no gabinete “, disse.

Fonte: BNews