Após revisão na estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o governo prevê novo aumento do salário mínimo, que pode passar dos atuais R$ 1.045 para R$ 1.087,85 no ano que vem, o que equivale a um aumento de R$ 42,85. Dessa forma, o piso nacional pode ter o valor um pouco maior do que já havia sido projetado.

Anteriormente, a previsão indicava a quantia de R$ 1.069,55. Contudo, com o aumento do INPC de 2,35% para 4,10%, foi necessário fazer um outro reajuste no valor previsto para o salário mínimo. Caso seja aprovado pelo Congresso, o novo valor será implantado em janeiro e o pagamento aos trabalhadores terá início em fevereiro de 2021.


Aumento sem ganho real

O reajuste do piso nacional será feito apenas levando em consideração as projeções da inflação deste ano. O que significa que aumento do salário mínimo não terá ganhos reais, porém somente para preservar o poder de compra dos consumidores.

Essa já é a terceira vez que o governo muda a projeção do piso nacional para 2021. Em abril, por exemplo, a previsão é que salário mínimo seria fixado em R$ 1.079, pois o INPC estava previsto para ser de 3,27%. Mas, no dia 31 de agosto o valor foi reduzido para R$ 1.067, por causa de queda na inflação.

Por esse motivo, não é possível determinar um valor exato do salário mínimo para o ano que vem, pois a inflação ainda pode sofrer alterações no decorrer deste ano. Com isso, é necessário destacar, que o aumento de R$ 1.045 para R$ 1.087,85 trata-se apenas uma previsão.

Cálculo baseado na inflação

Entre 2007 e 2019, a correção do salário mínimo era feita com base na lei 13.152, que previa o reajuste do valor de acordo com Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores e pela variação da inflação. Dessa forma, o aumento do salário acontecia sempre que houvesse crescimento econômico.

Porém, a partir de 2020, o governo atual encerrou a política de reajuste do salário mínimo com ganhos reais. Com isso, o piso nacional se limita a seguir a determinação da Constituição, que defende a preservação do poder aquisitivo dos trabalhadores.

Reajuste de benefícios

Sem o ganho real, o governo garante um alívio financeiro, pois o aumento do piso nacional automaticamente reajusta o teto de benefícios assistenciais e previdenciários. Estima-se que o acréscimo de R$ 1 no valor do salário, gera uma despesa de R$ 355 milhões a cada ano nos cofres públicos.

Conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mais de 49 milhões de brasileiros vivem apenas com um salário mínimo. De acordo com estudo do órgão, a remuneração mensal dos cidadãos já deveria ter passado dos R$ 1.045 atuais para mais de R$ 4 mil por mês.

Fonte: Edital Concursos Brasil

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