Perante a intensa pressão política que dispõe sobre a prorrogação do auxílio emergencial que terminou no mês de dezembro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na última segunda-feira, 25, que o benefício tinha caráter emergencial e não prolongado como uma aposentadoria, por exemplo.

Na oportunidade, ele também alegou que a situação financeira do país não é boa e que se encontra no “limite” com muitas dívidas, embora tenha lamentado que tenha “muita gente passando por necessidades”. 

Foto: Isac Nóbrega/PR

Os respectivos comentários foram mencionados durante uma conversa junto a simpatizantes ao chegar no Palácio da Alvorada. 

Na ocasião, um dos apoiadores presentes pediu a Bolsonaro para fazer uma pergunta, o qual concordou.

O questionamento do interlocutor era se o presidente é ou não a favor de um novo auxílio emergencial.

Em resposta, a princípio, Bolsonaro tentou desconversar, “não, eu não vou… converso isso com o Paulo Guedes, contigo não”, comentou. 

Em seguida, o presidente continuou: “A palavra é emergencial. O que é emergencial? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria. Lamento que tenha muita gente passando necessidade, mas nossa capacidade de endividamento está no limite”.

Na última semana, uma série de declarações acerca de um possível retorno do auxílio emergencial veio à tona por parte dos candidatos à presidência do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ambos apoiados por Bolsonaro.

No entanto, na última sexta-feira, secretários de Fazenda de 18 estados assinaram uma carta direcionada ao Congresso Nacional, na qual solicitaram a adesão de “medidas urgentes” contra a segunda onda da Covid-19 no Brasil, entre elas, a prorrogação do auxílio emergencial, concedido à população em situação de vulnerabilidade social até o mês de dezembro.

Na oportunidade, os secretários também requereram a prorrogação do estado de calamidade pública e do Orçamento de Guerra durante mais seis meses, os quais perderam a vigência no dia 31 de dezembro de 2020. 

Tais medidas dispensaram uma variedade de regras orçamentárias capazes de facilitar o aumento dos gastos públicos. 

Até o presente momento, o Governo Federal tem negado a intenção de dar continuidade ao auxílio emergencial, o estado de calamidade e o Orçamento de Guerra, diante da crise nas contas públicas. 

Vale ressaltar que em 2020, os gastos relacionados à pandemia foram de aproximadamente R$ 600 bilhões, a maior parte devido ao auxílio emergencial.

Fonte: Jornal Contabil