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Seguranças de supermercado torturam homem após acusá-lo de furtar alimentos

Um homem de 35 anos foi mantido algemado e submetido a tortura em um supermercado por suspeita de ter furtado produtos alimentícios. O caso, que aconteceu no domingo (26), na cidade de Santa Inês, interior do Maranhão, se assemelha ao episódio em que tio e sobrinho foram torturados e levados ao “tribunal do crime”, depois de supostamente serem pegos furtando carne de uma rede atacadista de Salvador, em abril deste ano. 

No caso do Maranhão, a vítima chegou ao estabelecimento por volta das 8h. Imagens das câmeras de segurança registraram o momento em que o homem passa pelo caixa, paga e tenta sair da loja. Com ele havia dois pacotes de sobrecoxa de frango, no valor de R$ 28 as duas unidades.

Os funcionários do supermercado suspeitaram do homem e impediram a saída dele. A acusação era de que a vítima havia furtado linguiça, carne e pão, produtos que juntos totalizavam entre R$ 100 a R$ 150.

Versão policial

O cliente foi levado até uma sala administrativa onde foi algemado e ameaçado com uma arma de fogo por um segurança. Ele exigia que a vítima assumisse o suposto furto.

“A vítima informou ter sido acusado de furto, ameaçado com arma de fogo, algemado e mantido fixado em uma barra de ferro e em pé das 8h às 14h. Nós entendemos que ainda era flagrante delito e fomos ao supermercado. No local, a vítima apontou os envolvidos, encontramos a algema que foi reconhecida como a usada, fomos ao almoxarifado onde havia estrutura metálica que a vítima permaneceu algemada”, disse o delegado Allan Santos, de Santa Inês. 

De acordo com informações do O Globo, os funcionários do supermercado foram indiciados pelos crimes de cárcere privado e tortura. O Ministério Público Estadual chegou a se manifestar favorável à conversão do flagrante em prisão preventiva, mas o judiciário decidiu conceder liberdade provisória para os presos com o argumento de que eles têm bons antecedentes criminais.

Procurada pela equipe de reportagem do jornal, a rede de supermercado sustentou a versão do furto. “Foi concedido ao autor, um prazo para que a sua família efetuasse o pagamento das mercadorias, evitando assim, o registro formal da ocorrência”, disse a empresa em nota.

Fonte: BNews

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