O policial civil aposentado do Distrito Federal acusado de assassinar pai e filho em Taguatinga Sul tirou a própria vida na tarde desta sexta-feira (13/5). Marcos Antônio Santos, 56 anos, estava sendo procurado pela polícia por cometer o duplo homicídio de Warlison Rodrigues de Jesus, 31 anos, e do pai dele, Edson do Carmo, 62.
Segundo informações da Polícia Militar do DF (PMDF), o corpo de Marcos foi encontrado às 15h50, na entrada da Mansão Misuno, na EQNL 6/8 do Setor L Norte, em Taguatinga. Imagens das câmeras do circuito interno de segurança colhidas pela Polícia Civil (PCDF) registraram o momento em que Marcos fugiu em uma moto após cometer o crime. O policial civil aposentado esteve na padaria pouco antes de matar pai e filho.
Dono de quatro padarias, Warslison Rodrigues de Jesus, 31 anos, e Edson do Carmo de Jesus, 63, foram mortos na tarde dessa quinta-feira (12/5) em um escritório, que fica ao lado de um dos estabelecimentos que administravam, na CSG 05. Há pouco mais de um ano, os empresários alugaram um novo ponto em Taguatinga Sul: a Empório Life Pães e Conveniência. Pai e filho decidiram, então, fazer uma reforma no local para ampliar o espaço.
O Correio apurou que, por causa dessa obra, Marcos resolveu aumentar o valor do aluguel, o que causou descontentamento por parte de Warlison e Edson. As vítimas e o autor chegaram a tentar acordos, mas sem sucesso. Em um dos vídeos, o policial aparece de boné, blusa azul e calça jeans. Ele toma alguma bebida e permanece parado. Segundo as investigações, momentos antes do crime, o suspeito enviou uma mensagem a Warlison, pedindo para que ele fosse ao escritório.
Quando pai e filho foram ao encontro do homem, foram surpreendidos a tiros. Um dos corpos foi encontrado caído na escada, que dá acesso à sala. Funcionários que trabalhavam na padaria no momento do crime ouviram o barulho dos tiros e, ao entrar no local, se depararam com a trágica cena. Numa outra filmagem, enquanto há um movimento intenso de pessoas na rua, Marcos sai de dentro do escritório em uma moto como se nada tivesse acontecido.
Barulho de tiros
Testemunhas relataram à polícia que, por volta das 17h30, ouviram barulho de tiros. “Estávamos no começo da rua, quando nos assustamos. Parecia alguém esmurrando o portão, mas era tiro. Olhamos para o nosso prédio, mas não era lá. Do nada, as pessoas começaram a gritar, apontando para o escritório deles (vítimas)”, disse uma mulher, que preferiu não se identificar.
Fonte: Correio Braziliense