Naiane de Souza, de 34 anos, viveu momentos de tensão quando sua filha, Sofia Gabriele, de apenas 2 anos, passou Super Bonder no olho, uma cola utilizada para remendar sapatos. O episódio assustador e inusitado ocorreu no P Sul, em Ceilândia.
Desesperada com a situação, Naiane iniciou os primeiros socorros lavando a região atingida. Logo depois, entrou em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que levou a menina para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).
A mãe conta ter sido instruída por uma profissional a voltar para casa e lavar os olhos da filha com compressas de água morna e refrigerante Coca-Cola.
No dia seguinte, na sexta-feira (16/6), Sofia não tinha apresentado melhora em seu quadro e a mãe decidiu procurar o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN): “O profissional que atendeu a gente disse que nada poderia ser feito nada, fez pouco caso”, contou a mãe, indignada.
Depois de passar por exames em uma clínica especializada, a cuidadora de idosos descobriu que a garota terá de passar por um procedimento cirúrgico no olho direito.
O Metrópoles perguntou à Secretaria de Saúde do Distrito Federal sobre as queixas de Naiane, mas a pasta não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais posicionamentos.
Cuidados
O oftalmologista pediatra Tiago Ribeiro, que trabalha na clínica Visão Hospital de Olhos, se dispôs a operar Sofia Gabriele sem nenhum custo. Ele ressalta ser comum acidentes oculares em crianças, pois esse tipo de material costuma ser de fácil acesso. Por isso, reforça: é de extrema importância que eles estejam fora do alcance dos pequenos.
Em decorrência de acidentes, o especialista orienta que algumas medidas sejam adotadas a fim de minimizar o problema, caso ocorra. “Deve-se lavar abundantemente os olhos da criança com água corrente e, depois, levá-la imediatamente a um centro especializado para uma avaliação oftalmológica, pois, mesmo limpando externamente, pode ficar resíduos na parte interna dos olhos, o que pode resultar em lesões na córnea”.
Fonte: Metrópoles