Uma criança de 7 anos foi enforcada por um policial militar aposentado depois de manifestar apoio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Divinópolis, em Minas Gerais. Segundo o relato da mãe, o menino chegou a desmaiar, e ficou com marcas no pescoço. O caso é investigado pela Polícia Civil.
A agressão ao menino ocorreu na manhã do último domingo, 30, data em que foi realizado o segundo turno das eleições, mas só ganhou destaque nesta sexta-feira, 4. A reportagem da TV Integração, afiliada da Rede Globo, contou que a criança havia ido à padaria para comprar um lanche, e lá, ocorria uma discussão sobre Lula e Jair Bolsonaro (PL).
“Meu menino falou que ele era Lula. Não sei se foi o jeito que ele falou que era ‘Lula Lá’ e o agressor agrediu ele brutalmente, deixando meu filho sem ar”, afirmou à emissora a mãe, que preferiu não se identificar. De acordo com a mulher, o homem o “enforcou, deixando-o sem ar, até ele desmaiar”.
Nesse momento, o pai viu o garoto já desacordado. “Plenamente desmaiado. O pai dele foi lá e disse: ‘ô fulano, faz isso não. Você está machucando o menino’”, contou a mãe.
Ela só soube do ocorrido no final da tarde, quando foi buscar a criança na casa do pai. Quando chegou, percebeu os hematomas no pescoço do filho. A Polícia Militar foi acionada e conduziu o garoto até a unidade de saúde, onde ele passou por exame de corpo de delito, e foi liberado.
Ainda segundo a reportagem, no boletim de ocorrência consta que o autor é um policial militar veterano, e que teria se negado a falar o que ocorreu à PM. Ele também se negou a ir para a delegacia. No entanto, a nota da instituição enviada a TV Integração diz o contrário. Diferente do que consta no boletim de ocorrência, as equipes se deslocaram até a residência do suposto autor, porém, ele não foi localizado.
“É muita revolta, muita revolta, porque o agressor nem na delegacia foi. Ele alegou que era um polícia e nada aconteceria com ele. Meu filho está com trauma, não dorme, acorda gritando à noite pedindo ajuda, falando que está sem ar. Eu quero justiça por ele, eu quero justiça porque hoje foi o meu filho, e amanhã?”, questiona a mãe.
Fonte: Terra