Dono do site pornô Brasileirinhas, Clayton Nunes não poderia estar mais feliz nesta semana. Além do lançamento de seus dois maiores sucessos de vendas anuais -os vídeos “Carnafunk Brasileirinhas” e “Carnaval Brasileirinhas”-, ele viu seu faturamento quase triplicar nos últimos dias com a colaboração, ainda que involuntária, da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

Os supostos dados da parlamentar foram divulgados na internet nesta quarta-feira (22), e neles constavam informações pessoais como endereço, número de telefone e CPF, e também o que seriam algumas de suas despesas recentes no cartão de crédito. Entre elas, uma assinatura do plano básico do Brasileirinhas, no valor de R$ 29,90.


Zambelli divulgou nota nesta quarta-feira (22), em que alegava ter sido vítima de ciberativistas. “Chega a ser esdrúxulo ter que vir a público desmentir fatos tão absurdos. Todavia, para que não fique nenhuma dúvida: os gastos apontados não são reais, inclusive a suposta assinatura de conteúdo adulto”.

Se ela é sua cliente ou não, Clayton diz à reportagem não ter como saber. “Só com o nome da pessoa é impossível, eu precisaria do número e dos dados do cartão”, explica. Ter a certeza de que a parlamentar está em seu cadastro de assinantes é praticamente irrelevante. Bom mesmo, diz o empresário, é ver o seu negócio alavancado mais uma vez por supostas informações pessoais envolvendo políticos de direita.
Foi assim no mês passado, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro viveu a mesma situação e teve seu nome divulgado como um suposto assinante do site. “Nas duas vezes, as vendas ficam quase três vezes maiores nos primeiros dias. Depois volta tudo ao normal, é uma onda que passa rápido”. Clayton fica até meio cabreiro com esse raio que caiu duas vezes no mesmo lugar -em sua conta bancária, no caso. “Só espero que não pensem que o hacker sou eu”, brinca.

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