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PM é expulso após errar disparos contra motoqueiro e matar amigo por engano

Soldado da PM atingiu amigo que caminhava com a esposa na calçada.

Um soldado foi expulso da Polícia Militar de São Paulo após matar um amigo a tiros no bairro de Campo Limpo, na capital paulista. Segundo informações do Metrópoles, Dhiego de Castro Rodrigues efetuou os disparos contra um motoqueiro que fazia manobras arriscadas, mas acabou acertando Thiago de Oliveira Silva, que caminhava na calçada com a esposa.

De acordo com a reportagem, o crime aconteceu em março de 2020. Testemunhas relataram que o soldado bebia com outro amigo, Joelmo Carvalho, também militar, que passou a reclamar dos motociclistas que passavam pela rua empinando as motos. 

Após um desentendimento entre Joelmo e um dos pilotos, Dhiego sacou a arma e disparou quatro vezes. Thiago de Oliveira foi atingido na cabeça e no pé, e caiu no chão. Ao se aproximar da vítima, o soldado constatou que o alvo era um de seus amigos.

Conforme documento de pronúncia do acusado, assinado pelo juiz Roberto Zanichelli Cintra, Dhiego frequentava o estabelecimento comercial da víuva de Thiago e todos se conheciam. Ele alegou que agiu em legítima defesa, pois o piloto que seria seu alvo levava um passageiro na garupa da moto e que essa pessoa teria apontado uma arma para ele e Joelmo. A versão foi negada por vizinhos que presenciaram o crime.

O juiz considerou que o fato do PM ter atingido a vítima por engano não diminiu a responsabilidade dele pelo incidente. “Sobre a qualificadora de utilização de recurso que impossibilitou a defesa do ofendido, de fato, consta dos autos notícias de que o réu atirou contra a testemunha José Vitor enquanto ela estava de costas, conduzindo sua moto, circunstância que carrega em si potencial de reduzir as chances de fuga ou reação eficaz ao ataque”, disse.

Dhiego Castro responde às acusações em liberdade. Ele será submetido a julgamento pelo Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri de São Paulo. Ele foi expulsou pelo “cometimento de atos atentatórios a Instituição, ao Estado, aos direitos humanos fundamentais e desonrosos, consubstanciando as transgressões disciplinares de natureza grave”, descumprindo 9 artigos do Regulamento Disciplinar da PM, entre eles, uso de força desnecessária e violação de valores e deveres do policial militar. O comandante-geral da PM, coronel Cássio de Freitas, assinou a medida.

Fonte: Bnews

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