O afundamento do solo causado pela mineração da Braskem resultou em 9.796 imóveis já demolidos na cidade de Maceió, capital do estado de Alagoas. No total, 14.576 estabelecimentos residenciais ou comerciais foram condenados, com cinco bairros atingidos e mais de 40 mil pessoas realocadas.
De acordo com levantamento apresentado pela Folha de São Paulo, Somente no bairro do Pinheiro, onde surgiram os primeiros tremores de terra em 2018, foram demolidos 4.272 imóveis. Em Bebedouro, 2.035; no Bom Parto, 1.992; no Mutange, 1.057; e no Farol, 440.
Segundo informações da Defesa Civil de Maceió, as demolições preventivas são realizadas em toda a área afetada pelo afundamento do solo, em imóveis que apresentam rachaduras que põem em risco a integridade estrutural.
A Braskem reforçou que a demolição emergencial de imóveis com danos estruturais é determinada pela Defesa Civil e que, sobre a retirada de itens pessoais, foi oferecido o serviço de guarda-volumes do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação. A empresa destacou ainda que foi preservado o direito de acesso ao imóvel, desde que autorizado pelo órgão competente.
O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Alagoas (MP-AL) expediram recomendação conjunta à Defesa Civil de Maceió e à Braskem para que haja maior controle e transparência na realização de demolições emergenciais nas áreas atingidas pelo afundamento.
No texto, ainda é pedido que seja apresentado parecer técnico sobre a área de risco, que deve ser submetido ao “prévio e expresso aval dos Ministérios Públicos”.
Fonte: Bnews