Profissionais da educação da rede municipal de ensino de Ipirá, que estão em greve desde o último dia 04, fizeram novas manifestações para cobrar o pagamento do reajuste salarial de 33,24%, índice estabelecido pelo governo federal para o novo piso nacional da categoria, que sobe de R$ 2.886 para R$ 3.845.

Ontem (12), os grevistas fizeram uma vigília em frente a casa do prefeito, no centro da cidade. A manifestação teve início por volta das 16:30hs e encerrou às 19:30hs. Após uma assembleia realizada na sede da APLB-Sindicado, na rua Silvandira Carneiro, cerca de 300 educadores saíram em caminhada até a casa do prefeito, onde cobraram o pagamento do piso salarial, e também reivindicaram melhorias nas estruturas das escolas do município.


Para a professora Jeane Alencar, que também é diretora do sindicato, o atual gestor não está cumprindo com as promessas que fez durante a campanha política. “Nós temos, hoje, 54 escolas que estão fechadas. Mais de 8 mil alunos estão em casa porque os trabalhadores precisam fazer greve para garantir seus direitos. O prefeito, que tanto pregou durante sua campanha política que faria deferente do gestor anterior, não fez nada! Nosso manifesto é pela garantia de um futuro próspero para as próximas gerações de professores, de funcionários, e de alunos“, exclamou Jeane em frente à casa do prefeito.

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Hoje (13), os grevistas voltaram a se manifestar e fizeram uma carreata pelas principais ruas da cidade. Com faixas e cartazes, os educadores gritaram palavras de ordem e exigiram respeito do gestor com os profissionais da educação. Eles foram até casa da vice-prefeita Nina Gomes (PP), que abriu as portas da residência para ouvir as reivindicações da categoria.

Proposta da prefeitura

A prefeitura alega não tem condições de pagar o reajuste de imediato. Em vídeo divulgado nas redes sociais, no início do mês, o prefeito Dudy (PSD) propôs o pagamento de forma parcelada. “Fizemos uma proposta pra categoria de 33,24%, ou seja, o reajuste que o governo federal aferiu, da seguinte forma: 16.60% esse ano e o restante até agosto do próximo ano“.

Por outro lado, advogado da APLB, Dr. Joel Câmara, defende que houve um aumento significativo nas receitas do Fundeb, nos últimos anos. Na sessão de terça-feira (3) da Câmara de Vereadores, ele apresentou dados técnico que, segundo ele, comprova que a prefeitura tem condições de pagar integralmente o reajuste ainda este ano.

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