Quero desejar um próspero 2024 para Ipirá. Como fazê-lo? Essa é a dificuldade.

De supetão, sem escorregar no tombo da palavra e sem medir o tamanho da buraqueira: que a Mega da virada venha para Ipirá. 570 milhões de reais numa conta bancária de um ipiraense. Nem o acertador-sortudo vai acreditar numa desgraça dessa.


Até que o dono-ganhador se recupere do susto ele vai pensar em milhões de coisas. Da incredulidade total misturada com dúvida persistente, não tem como o dono acreditar de lampejo que tem esse dinheiro todo em sua conta.

Naturalmente, a ficha não cai assim da noite para o dia. Naturalmente, sendo o dono do dinheiro muito esperto e sagaz; ele, naturalmente, vai querer ver para crer ou seja, ver para crer que tem todo aquele dinheiro em sua conta.

Não tem saída, o gerente tem que disponibilizá-lo quando solicitado. No mínimo dez carretas de cédulas para encher todo o espaço do Mercado de Artes, sendo que, seis meses serão suficientes para contá-lo, cédula por cédula, no dedo.

Depois, com uma simples frase de oito palavras eliminar qualquer dúvida existente: “seu gerente! Tá certo pode botá na conta.”

Isso não pode acontecer! Já mudei de ideia: “que a Mega não bata na porta de Ipirá ou melhor, nem passe perto de Ipirá.” Fique bem distante dessa terra, para a paz e tranquilidade de toda a população.

Pense bem! Se acontecer um raio desse cair nessa terra, nós vamos ter uma epidemia localizada de insônia acompanhada de um tsunami de boatos: “quem foi esse sortudo?” Dona Mega não encoste em Ipirá! Dá para imaginar o inferno que isso aqui vai virar?

Como desejar um feliz 2024, se o jacu e o macaco vão infernizar esse município e bestializar essa população? Já fiz as contas: se 570 milhões de reais não vem de uma tacada, por obra da falta de sorte; 624 milhões de reais virão em quatro anos, chova ou faça sol. Aqui não tem bolodório, nem vela prá santo, nem trabalho de pai de terreiro; essa grana não falha de jeito nenhum. Por isso, tanta briga e correria em Ipirá.

Como desejar um feliz 2024, se o jacu e o macaco abriram mão dessa grana para o controle exclusivo de uma única família? Jacu e macaco abriram mão da disputa acirrada entre eles para transformarem aquela briga de mentira numa grande farsa. Só não enxerga, quem não quer ver.

Ganhe Chico ou Francisco, essa grana toda vai estar no controle, nas mãos e no gerenciamento de uma só família. Para o seu completo desprazer, prezado leitor, não é sua família. Virá com endereço certo, determinado e definido: família Oliveira.

Como desejar um feliz 2024, se o jacu e macaco aprontaram uma lambança desgramada? A jacuzada amarelou, deu mole e fugiu da disputa tradicional que dividiu o povo de Ipirá em duas torcidas. A covardia do jacu é algo claro e direto. Na chouriçada da jacuzada, a candidatura terminou caindo no colo da família Oliveira. Ou dá o sobrinho que não aceita a tia ou a tia que não quer o sobrinho.

Durma com um barulho desse e tenha a coragem de dizer que não teve um pesadelo. A jacuzada não teve essa coragem.

Essa briga dentro da família Oliveira começou no ano velho e promete pegar fogo no ano novo. Não é fácil desejar um feliz 2024 para Ipirá nestas condições, porque o esquema jacu e macaco não deixa.

O sistema macaco e o jacu transformaram Ipirá num teatro mambembe com muita farsa, presepada e comédia ordinária numa embromação que embriaga e lasca o povo de Ipirá atirando-o numa querela que não tem nada com os interesses do povo. É tudo capricho das oligarquias.

Como desejar um próspero Ano Novo para Ipirá? A estiagem está prolongada; os pastos estão estorricados; a água em falta; os animais em inanição; bicho morrendo; dono sem bicho. Ipirá mantendo uma situação de décadas, da insuficiência alimentar.

Para suprir a fome do bicho, o pequeno proprietário tira da própria sustentação e aposentadoria para alimentar e sustentar o bicho, que mal sobrevive, mas a família do dono do bicho entra no campo da insuficiência alimentar, assim mal sobrevive. O campo está em dificuldade extrema.

Como desejar um próspero Ano Novo para Ipirá? Num momento em que Ipirá perde uma fábrica com mais de mil operários. Chuva e emprego para 2024.

Escrito por Agildo Barreto

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