O governo federal publicou nesta quarta-feira, 22, uma revisão da expectativa para o déficit primário de 2023. De acordo com as equipes dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, a expectativa é de que o rombo das contas públicas seja de R$ 177,4 bilhões este ano. Em setembro, as pastas haviam estimado que o valor seria de R$ 141,4 bilhões. Em janeiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia estipulado uma meta informal de R$ 100 bilhões de déficit para 2023. O valor é referente a cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). O Congresso Nacional autorizou o Planalto a ter um rombo de R$ 238 bilhões neste ano, seguindo o limite dos gastos, aprovado no fim de 2022 na chamada PEC da Transição e confirmado no novo arcabouço fiscal.
Em conversa com jornalistas, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, indicou que existe a possibilidade do déficit ser menor. Ele argumentou que muitos ministérios não utilizam todos os recursos disponíveis ao longo do ano, e acabam terminando o ano com o caixa positivo. Segundo sua avaliação, o rombo seria de R$ 145 bilhões para 2023. Com a nova projeção, os ministérios do Planejamento e Orçamento e da Fazenda querem realizar um bloqueio adicional de R$ 1,1 bilhão no orçamento deste ano. Este é o quarto bloqueio de gastos promovido pela gestão de Lula em 2023. No total, contando com o novo anúncio, foram bloqueados R$ 4,9 bilhões. Detalhes sobre quais pastas serão afetadas serão divulgados no final do mês. O anúncio ocorre em meio a discussões sobre a possibilidade do governo federal de atingir a meta fiscal de déficit zero para 2024.
Fonte: Jovem Pan