As lutas de boxe nos Jogos Olímpicos de Paris estão envoltas em uma grande polêmica. A argelina Imane Khelif é uma mulher trans que está lutando na categoria até 66 quilos. Nesta quinta-feira (1º), a luta contra a italiana Angela Carini terminou antes do primeiro minuto.
Khelif tem estado nos holofotes desde que foi desclassificada, poucas horas antes da disputa pela medalha de ouro no campeonato mundial de 2023, por não cumprir as regras de elegibilidade da International Boxing Association (IBA).
Italiana se manifestou após derrota
De acordo com as normas da IBA, atletas com cromossomos XY (bioligicamente homens) estão impedidos de competir em eventos femininos. Foi o que apontou o resultado do exame em Imane Khelif. No entanto, a atleta foi considerada elegível para competir em Paris, competição organizada pelo Comitê Olímpico Internacional.
Durante a luta, Carini foi até seu treinador 30 segundos após o início para ajustar seu capacete, mas depois de retomar brevemente, retornou ao seu canto e parou, saindo rapidamente do ringue. A italiana desistiu da luta. “Para mim, não é uma derrota. Para mim, quando você sobe nessas cordas, você já é uma guerreira, você já é uma vencedora”, afirmou Carini.
Motivo da desistência
A luta de Carini contra Kherif repercutiu na Itália. O governo italiano, por meio da ministra Eugeia Roccella, chegou a criticar a presença da atleta trans nos Jogos Olímpicos. Após a luta, Carini explicou que desistiu do combate, porque sentiu uma dor intensa no nariz. Com o resultado, Khelif avança na competição e segue na busca pela medalha de ouro.
