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Ex-ator da Globo define Silvio Santos como “abusador”

Em uma publicação em uma rede social, o ator afirmou que os dois serviram à ditadura militar e os compararam com Elon Musk.

O ator Pedro Cardoso, conhecido por seu papel de sucesso como Agostinho Carrara na série “A Grande Família”, causou polêmica ao questionar publicamente as homenagens póstumas feitas a Delfim Netto, que morreu no dia 12, e Silvio Santos, morto no último sábado (17). As informações são da Folha de São Paulo.

Em uma declaração em sua conta no Instagram, Cardoso criticou a exaltação dos dois, acusando-os de terem servido à ditadura militar brasileira, que governou o país entre 1964 e 1985.

Cardoso não poupou palavras ao se referir a Netto e Silvio como “abusadores do Brasil” que tiveram papéis ativos no apoio ao regime militar. “Eu nada teria a dizer sobre eles. Suas atuações públicas dizem antes; são degradantes. Os dois serviram à ditadura militar torturadora de 1961, 1964, 1968. A ditadura que assassinou pessoas que a ela se opunham, como todas as ditaduras o fazem”, escreveu o ator.

Embora reconheça a dor dos familiares, Pedro Cardoso afirmou que não pode ficar em silêncio diante das homenagens, pois acredita que a morte não deve redimir as ações passadas de Delfim Netto e Silvio Santos. Ele também direcionou críticas a figuras públicas que, apesar de se posicionarem contra o bolsonarismo e em defesa da democracia, agora elogiam o economista e o apresentador.

A Conexão com a Ditadura

Delfim Netto foi uma figura central na economia brasileira durante o regime militar, ocupando o cargo de Ministro da Fazenda por 13 dos 21 anos da ditadura. Ele foi responsável por políticas econômicas que resultaram em crescimento, mas também em grande concentração de renda e desigualdade social.

Silvio Santos, por sua vez, construiu seu império televisivo durante o período militar e sempre manteve uma política de boa relação com todos os governos. Durante a ditadura, o SBT, emissora de Silvio, veiculou mensagens patrióticas de apoio ao regime, incluindo o famoso slogan “Ame-o ou Deixe-o”, que se popularizou durante o governo de Emílio Garrastazu Médici, um dos períodos mais repressivos do regime.

Críticas a Elon Musk

Além de suas declarações sobre Delfim e Silvio, Cardoso também aproveitou a ocasião para criticar Elon Musk, a quem acusou de trabalhar “pelo mesmo mundo autoritário que trabalharam um e outro”. A referência foi à recente polêmica envolvendo a possível saída do X, rede social pertencente a Musk, do Brasil, após tensões com o Supremo Tribunal Federal (STF). “Elon, outro soldado do autoritarismo, revoltadinho com a soberania brasileira do STF, faz teatro de que se vai. Já iria tarde, se fosse”, escreveu o ator.

Fonte: Bnews

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