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Militar preso por transportar cocaína em avião da FAB não é filiado ao PT

É falsa a informação de que o segundo-sargento da FAB (Força Aérea Brasileira) preso na Espanha suspeito de tráfico de drogas seria filiado ao PT. Além de não ter seu nome na lista de integrantes do partido, Manoel Silva Rodrigues é militar da ativa e, segundo o artigo 142 da Constituição, não pode ter filiação partidária.

A desinformação passou a circular nas redes sociais na última quarta-feira (26) e já acumulava cerca de 3.000 compartilhamentos no Facebook até a tarde desta quinta (27). Todas as postagens com este conteúdo foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social.

Com uma foto real do segundo-sargento Manoel Silva Rodrigues, a publicação que circula nas redes afirma que o militar, preso pela polícia espanhola transportado 39 quilos de cocaína em um avião da FAB da comitiva do presidente Jair Bolsonaro, seria filiado ao PT. Seu nome, no entanto, não consta na lista de filiados do partido.

Além disso, o artigo 142 da Constituição proíbe a filiação partidária de militares da ativa. Segundo a lei, caso um militar queira se filiar a um partido político para se candidatar a uma eleição, ele será afastado temporariamente de suas funções.

O caso

Manoel Silva Rodrigues foi preso no aeroporto de Sevilha, na Espanha, na última terça-feira (25), ao ser flagrado com 39 quilos de cocaína divididos em 37 pacotes em sua mala. O militar fazia parte da tripulação de um avião da FAB que levava a equipe avançada de transporte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que participará da cúpula de líderes do G20, no Japão.

Segundo o governo, em nota enviada aos jornais, “o militar não trabalha na Presidência da República e não estaria na comitiva presidencial”.

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