Segurança. Palavra-chave que milhares de investidores iniciantes buscam quando começam a aplicar seu dinheiro. As dúvidas ainda aparecem com frequência e o conhecimento em relação a cada aplicação é cercado por insegurança. Será que vale a pena?
A alternativa que muitos escolhem nesse momento é a renda fixa. Mais especificamente o Tesouro Direto. Mas por que esses títulos são mais seguros? Nesse postexplicamos um pouco dessa tendência, as garantias oferecidas pelo Tesouro Direto e se o momento atual é bom para tê-lo na carteira.
Comecei a investir agora. O tesouro é uma boa?
Sim. Os títulos públicos do Tesouro Direto são considerados os investimentos mais seguros do Brasil. O motivo? São garantidos pelo Tesouro Nacional, ou seja, pelo próprio governo.
Os títulos do Tesouro Direto existem há aproximadamente 15 anos e nunca houve um calote da União. Considerando que esse governo pode gerar novas dívidas para pagar as antigas, não faz sentido pensar que vá acontecer algum descumprimento do combinado.
– Joe Ruas, especialista em investimentos na Inter Invest.
Quais garantias essa modalidade oferece?
O governo federal é a garantia. Isso mesmo. O único risco de ele não honrar com o pagamento do investimento seria se o Brasil declarasse falência. O que é muito mais improvável acontecer do que a falência de qualquer instituição financeira.
Opções de título e quando ter cada um
Depois que o investidor decidiu por ter o Tesouro Direto é possível saber qual o melhor momento de investir? De acordo com Joe Ruas, depende.
Existem 3 modalidades principais de títulos do tesouro e cada uma é mais adequada a um momento. Confira:
Tesouro Selic:
O título que rende conforme a taxa Selic, que hoje está em 5,25%. É a opção com menor oscilação, mas também com menor rendimento. No entanto, é o mais seguro e rende mais que a poupança.
- Ideal para: Objetivos de curto prazo, como reserva de emergência ou uma viagem programada.
Tesouro IPCA
É um título que paga uma taxa fixa mais a inflação no período até a data de vencimento da aplicação. Como o valor oscila muito (inclusive para baixo) até chegar na data de vencimento é importante que o investidor “segure” a aplicação até o final para não ter risco de perdas.
- Ideal para: Proteger o poder de compra no longo prazo e ter um ganho a mais, principalmente em cenários de alta da inflação.
Tesouro pré-fixado
Essa modalidade também oscila até a data de vencimento, porém conta com um ganho fixo, independente do IPCA ou da Selic.
- Ideal para: Cenários de queda de juros e inflação. Mas, assim como o Tesouro IPCA, fundamental que se mantenha o investimento até o final para evitar os riscos de perdas.
O Tesouro Direto é uma boa opção no atual cenário econômico?
A pergunta deve levar em consideração vários fatores, como perfil do investidor e objetivos a curto, médio e longo prazos, por exemplo. Mas em linhas gerais a resposta é sim.
Mas diversificar é regra fundamental para se proteger de diferentes cenários econômicos.
Devemos levar em conta o objetivo de cada pessoa e o prazo para realizar o investimento. Caso a intenção seja resgatar o dinheiro em alguns meses, melhor ter mais em Tesouro Selic. Se existe a opção de esperar alguns anos, o IPCA tende a ser o ideal pela proteção contra inflação. É bom saber o que quer e variar a carteira.
– Joe Ruas, especialista em investimentos na Inter Invest