Durante a sessão desta quarta-feira (10), o PL votou majoritariamente a favor do projeto que reduz penas de Jair Bolsonaro, mas a bancada não foi unânime. Houve ausências relevantes e apenas um voto contrário: o do deputado Osmar Terra (PL-RS), antigo aliado e figura histórica do bolsonarismo.
O voto isolado de Terra reacendeu lembranças de um episódio que marcou sua trajetória política: a acusação, amplamente disseminada nas redes sociais em 2020, de que ele teria vivido um suposto relacionamento extraconjugal com a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Na época, o rumor tomou proporções nacionais, colocou o deputado no centro de uma crise digital e alimentou uma onda de boatos e disputas políticas internas.
A polêmica que dominou as redes
Em 1º de março daquele ano, Osmar Terra usou suas redes sociais para negar de forma veemente qualquer envolvimento com Michelle. A acusação, baseada em rumores que circularam de forma descontrolada no Twitter, apontava encontros e viagens que teriam despertado especulações sobre a relação entre os dois.
Terra classificou o rumor como um ataque direto à sua família e à sua integridade moral. Em nota publicada em sua conta oficial, ele disparou: “A matilha se superou, também me agredindo e àquilo que tenho de mais sagrado: a minha família e a minha integridade moral. É o lixo da esgotosfera nas redes e em setores da imprensa. Não conseguirão nos constranger.”
A viralização dos boatos teve início após uma coluna da revista IstoÉ, assinada pelo jornalista Germano Oliveira, que mencionava um suposto “desconforto no casamento” de Michelle e viagens realizadas sem a companhia do presidente, mas com a presença de Terra. A nota serviu como combustível para o caos que se instalou à época, levando hashtags ao topo dos assuntos mais comentados do Twitter.
Silêncio da família Bolsonaro à época
Nem Jair nem Michelle Bolsonaro comentaram o episódio na época. O silêncio ajudou a manter o clima de especulação, mas o governo classificou nos bastidores a repercussão como “ataque político” e minimizou o impacto sobre o então ministro.
No mesmo comunicado em que negou o rumor, Terra também aproveitou para reforçar alinhamento total ao governo e atacar opositores, dizendo que “revanchistas da esquerda” e o “lobby das drogas” seriam derrotados por um “novo Brasil”.





