O sobrinho de um dos sobreviventes do acidente entre um micro-ônibus e um caminhão, no KM 364 da BR-324, entre as cidades de Riachão do Jacuípe e Candeal, na noite de segunda-feira (8), conversou com a reportagem do Acorda Cidade e relatou as informações que o tio passou sobre como teria ocorrido a colisão, que deixou cinco pessoas mortas e 13 feridas.
O micro-ônibus prestava serviço para a prefeitura de Capela do Alto Alegre e fazia o trabalho de transportar os pacientes para Salvador cerca de duas a três vezes por semana. Segundo Silvan Rodrigues do Carmo, sobrinho de um dos sobreviventes que está internado no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), o tio contou que o motorista vinha em alta velocidade e fez uma ultrapassagem proibida. Ele afirma que estava chovendo na hora do acidente. Além do tio, que está internado, a tia de Silvan, Eulália Rodrigues Peixoto de 66 anos, morreu no acidente.
“A pista molhada e ele teria feito uma ultrapassagem. No momento, quando ele retornou a faixa contínua, colidiu na traseira de um caminhão, que reduziu a velocidade para passar num quebra-molas, no município de Candeal. O motorista nem freou, não tem marca de freios na pista”, afirmou o sobrinho da vítima.
De acordo com Silvan Rodrigues do Carmo, o micro-ônibus sai cedo de Capela do Alto Alegre e retorna tarde para o município. Ele acredita que o cansaço do motorista também pode ter contribuído para ter ocorrido o acidente. Mas ele não soube precisar se apenas um motorista fazia o transporte dos passageiros.
A vereadora Osvalci Araujo (PMB), que é da base do Prefeito Dr. Claudinei Xavier Novato, conhecido como Dr. Ney, veio até Feira de Santana para acompanhar a liberação dos corpos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e também os parentes dos sobreviventes que estão internados no Clériston Andrade.
Ao Acorda Cidade, ela afirmou que o trabalho de deslocamento dos pacientes de Capela a Salvador é feito há muito tempo e que o veículo é novo, seguro e confortável. A vereadora ainda garantiu que existe rodízio de motorista e que existe um tempo de descanso entre a viagem de ida e de volta.
“Sabemos que os motoristas que saem na madrugada desligam os celulares a partir das 19h e vão dormir para que possam acordar na madrugada bem. Depois que deixam os pacientes nos hospitais em Salvador, eles fazem a mesma coisa e descansam até um determinado horário, para que possam retornar com segurança”, explicou.
A vereadora Osvalci Araujo também acredita que a chuva pode ter contribuído para o acidente, do qual ela acredita que foi uma fatalidade.
“Capela é muito distante de Salvador e precisa desse serviço, que é feito de forma rotineira, duas ou três vezes por semana, e sempre com muita responsabilidade. Neste momento estamos de luto. Foi uma fatalidade, uma grande tristeza e pedimos a Deus que conforte a família dos que foram, dos que estão hospitalizados e agora é só orar”, disse.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade