O grupo formado por políticos, empresários e servidores que fraudava licitações para desviar recursos públicos na Bahia também manipulava as sessões dos pregões, com o objetivo de impedir a participação de outros interessados. A informação é da Controladoria Geral da União (CGU), que em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) deflagrou, nesta quinta-feira (23), a operação Lateronis, com objetivo de combater crimes de desvio de recursos públicos destinados à área da Educação. Na operação, 13 pessoas foram presas e 41 mandados de busca e apreensão foram realizados.
Os contratos fraudados somam cerca de R$ 132 milhões, dos quais R$ 45 milhões teriam sido desviados. Segundo a CGU, o grupo investigado simulava até os pregões de licitações. Em 2014, por exemplo, a Prefeitura de Encruzilhada abriu pregões em dia de ponto facultativo, com o objetivo de impedir a participação de outros interessados na licitação.
“Teve pregão marcado na Quarta-Feira de Cinzas e outro no dia 26 de dezembro, logo depois do feriado de Natal e em plena sexta-feira. O resultado disso era que só compareciam os representantes das cooperativas ou as empresas envolvidas no esquema. Era só uma simulação de competição”, explicou o superitendente da CGU, Ronaldo Machado.
Por conta das fraudes, os estudantes de cidades do centro-sul baiano iam para a escola em veículos velhos, sucateados e, em alguns lugares, o ônibus não passava e os alunos precisavam andar de encontro ao veículo escolar.
Veja como foi a operação no link abaixo:
http://ipiranoticias.com/contratos-da-gestao-de-ex-prefeitos-de-ipira-e-alvo-de-operacao-da-pf/
Por G1