IPIRÁ & REGIÃOPOLÍTICA

AS OLIGARQUIAS E OS VEREADORES

A natureza do poder político no município de Ipirá é oligárquica, com revezamento no controle municipal. Uma oligarquia é de família, popularmente conhecida como jacu e a outra, uma oligarquia de grupinhos, precisamente com quatro lideranças, também chamada de macacada.

Tem por base um BA-VI (jacu x macaco) recheado de paixão, alienação e esperteza. Essa coisa se mantém como tradição para a população e, às vezes, sendo justificada por bobagens ditas e afirmadas como verdades absolutas: “aqui só tem jacu e macaco”; “aqui só tem dois partidos, os que comem e os que querem comer.”

Por estupidez ou para agradar aos detentores do poder, esses ditos absurdos sonegam ou não reconhecem a verdade dos fatos: a votação mínima de 500 votos da terceira via e a média de 2.500 votos nulos e brancos em várias eleições, ao tempo que, a comidilha na prefeitura é atitude de um pequeno grupinho ou da família, sendo que, o povão, que representa 95% do eleitorado, nada come, nem chupa.

Esse sistema oligárquico, corrupto e exclusivista, que divide a população de Ipirá em duas bandas para o benefício e proveito das elites do poder político e, para tal, a crença que o povo internaliza como verdade, tem a força necessária e suficiente para sufocar a população.

Exemplificando: “para administrar o município de Ipirá tem que ser médico, advogado ou empresário rico!” Na medida, em que o povo acreditar piamente nisso, significará que ‘caiu’ na esparrela dos donos do poder e ficará prisioneiro e escravo do sistema.

Isso tudo é muito contraditório porque, na prática, as administrações do jacu e macaco não têm agradado à população de Ipirá pela falta de enfrentamento dos problemas do município e pela falta de compromisso com as questões populares, demonstrando assim, a fraqueza desses administradores que governam Ipirá há décadas.

Qual é a peça principal desse sistema? Os vereadores, que mantém um contato direto e próximo com as pessoas na comunidade e são eles que recebem os primeiros reclames dos moradores.

Mesmo sendo conhecedores dos problemas das localidades, os vereadores não servem para administrar esse município, porque o sistema de oligarquias não permite. Quem tem que ser gestor do município são médicos, advogados e empresários ricos. Vereador tem que ser exclusivamente vereador.

Muito contraditório! Observem bem, se Ipirá está carente e precisando de uma boa gestão, significa que os últimos prefeitos não resolveram os problemas. E por que os grupos jacu e macaco não colocam como candidatos à prefeito, vereadores dos seus grupos, que são conhecedores dos problemas da população?

Porque o sistema jacu e macaco é oligárquico e os vereadores são figuras populares utilizadas para garantir votos para as elites de seus grupos. O trabalho e o esforço eleitoral dos vereadores são os sustentáculos da força eleitoral dos médicos, advogados e empresários ricos que dominam o poder municipal e muitas vezes não reconhecem o valor e o poder do vereador.

Muitos dizem que: “quem tem voto é Dr. Antônio e Dr. Luiz Carlos.” Acredite quem quiser! Quem tem votos são os vereadores, que estão próximo e conhecem os eleitores.

No dia que se unirem doze vereadores dos grupos jacu e macaco e lançarem um candidato a prefeito, dificilmente perderá a eleição e, talvez, seja mais benéfico para o nosso município, porque eles têm um conhecimento dos problemas do povo do nosso município e poderão governar para resolvê-los, inclusive com maior participação popular.

Observe a gestão atual do prefeito Dudy que completou um ano de mandato e não tem correspondido aos anseios da população de Ipirá.

A insatisfação das pessoas com a administração Dudy é crescente, sem dúvida, existem pessoas que estão arrependidas de terem defendido, apoiado, bancado e votado num prefeito que não tinha um projeto concreto para Ipirá.

Inclusive, achando que caiu num blefe, no engodo de um candidato macaco que administra para um grupelho de amigos particulares, bem menor do que a macacada.

Tudo isso é lastimável, embora não possamos perder o horizonte, para que não haja um pulo no precipício e o pulador só venha notar que esqueceu o pára-quedas no meio do salto.

Escrito por Agildo Barreto

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