Uma história intrigante e carregada de mistério vem chamando a atenção em Moçambique. Uma mulher, cuja identidade foi preservada por questões de segurança, revelou sofrido 16 abortos consecutivos ao longo de sua vida. O caso, além da dimensão médica, ganhou contornos sobrenaturais após a mulher relatar um episódio que deixou até mesmo profissionais de saúde em choque. Durante uma das ultrassonografias realizadas, a imagem exibida no monitor teria mostrado a presença de uma serpente em sua barriga, no lugar do bebê.

Segundo a mulher, os sucessivos abortos não seriam resultados de problemas clínicos, mas de um “feitiço lançado por vizinhos”. Ela relatou que, em busca de respostas e ajuda espiritual, descobriu que um curandeiro local estaria envolvido diretamente no caso. O homem teria afirmado aos próprios colegas da área que não poderia salvar a paciente, uma vez que os vizinhos a teriam usado como sacrifício em um pacto espiritual.
“Descobri que eles fizeram um acordo maligno. Eu e minha família fomos entregues como moeda de troca. Até hoje sofro as consequências disso”, disse a mulher em entrevista ao canal Moçambicano TV Sucesso.
A comunidade onde ela vive estaria dividida entre descrença e temor. Enquanto alguns moradores consideram tratar-se de um caso de saúde grave que precisa de atenção médica especializada, outros enxergam a situação como prova de forças sobrenaturais atuando no cotidiano.
Especialistas em saúde ouvidos pela reportagem afirmam que múltiplos abortos espontâneos podem estar ligados a diversas causas médicas, como problemas hormonais, imunológicos ou malformações uterinas. Já no campo espiritual, líderes religiosos e curandeiros têm opiniões divididas, refletindo o choque entre ciência e crenças tradicionais em Moçambique.
Enquanto isso, a mulher segue em busca de respostas e de esperança para reconstruir sua vida. O caso reacende debates sobre o impacto das crenças místicas, a influência dos curandeiros e os limites entre fé, medicina e cultura no país africano.