O governo de Nicolás Maduro, da Venezuela, começou a enviar tropas e veículos militares para a fronteira entre seu país e o Brasil. O movimento é uma reação ao anúncio da participação brasileira na entrega de ajuda internacional prometida para o próximo sábado (23).

A ajuda foi prometida pelo líder opositor Juan Guaidó, que se declarou presidente interino com o apoio da Assembleia Nacional e já foi reconhecido, até o momento, por 50 países. De acordo com relato, os tanques de guerra já passaram por Santa Elena, cidade a cerca de 15 quilômetros de Roraima.

“É claro que não será dito isso publicamente, mas a verdade é que o Brasil está preparado para tudo, inclusive para uma eventual ação militar”, afirmou ao UOL uma fonte anônima. Tal fonte ainda afirma que o trabalho brasileiro na missão seria apenas de monitoramento de possíveis boicotes do governo Maduro ao canal humanitário.

Guaidó vai à fronteira com a Colômbia garantir entrada de ajuda
Guaidó, parte hoje (21) para a fronteira com a Colômbia, na tentativa de trazer para o país a ajuda humanitária bloqueada pelo governo de Nicolás Maduro, anunciou um porta-voz.

“Membros da Assembleia Nacional acompanharão o presidente Juan Guaidó na viagem”, diz mensagem enviada aos jornalistas, citada pela agência de notícias France Press.

Nessa quarta-feira, Guaidó, que é também líder da Assembleia Nacional, majoritariamente da oposição, já havia manifestado a determinação de romper o bloqueio militar imposto por Maduro.

“A ajuda humanitária chegará por ar, por mar, por terra e assim conseguirá entrar. Precisamos abrir um corredor humanitário, aconteça o que acontecer”, disse o presidente interino, referindo-se à operação agendada para sábado (23), data que impôs para a entrada de ajuda humanitária internacional.

Juan Guaidó falou em Caracas, durante encontro com dezenas de motoristas de ônibus, que se concentraram no leste da capital para apoiar o líder opositor e oferecer apoio à operação de entrega de ajuda humanitária, prevista para o sábado.

“Neste 23 de fevereiro, haverá brigadas voluntárias e humanitárias, que aqui há muitas, deslocando-se às fronteiras, não apenas em Cúcuta [Colômbia], em Táchira, em Bolívar [estados venezuelanos], por mar também virá ajuda”, disse.

Fonte: Agência Brasil