Um ataque a tiros deixou cinco mortos em Milwaukee, no estado de Wisconsin, no Meio-Oeste dos Estados Unidos. O incidente ocorreu no complexo da cervejaria Molson Coors por volta de 14h11 (17h11 em Brasília). A empresa enviou um email aos funcionários que estavam no local alertando para a presença de um atirador em um dos prédios. Ao menos 600 pessoas trabalham no complexo.
Segundo a rede de TV CBS, o suspeito era funcionário da companhia -ele também morreu. O prefeito da cidade, Tom Barrett (Partido Democrata), foi até as instalações da companhia e disse que policiais estão realizando varreduras para garantir que não há outras ameaças.
A polícia informou em uma rede social que investiga um “incidente crítico” que ainda está em andamento.
Há um grande número de policiais, incluindo agentes do FBI, ambulâncias e bombeiros no local, além de agentes do esquadrão antibombas.
A empresa afirmou em um comunicado que está colaborando com as autoridades.
Antes de uma entrevista coletiva sobre os casos de coronavírus, o presidente americano, Donald Trump, disse que “um assassino malvado” havia matado cinco pessoas em Milwaukee e ofereceu suas condolências aos familiares das vítimas.
Na última década, o número de ataques a tiros nos Estados Unidos triplicou, somando 526 mortes de acordo com dados de agosto de 2019.
A cada incidente, os EUA retomam o debate sobre restringir a posse de armas, mas as propostas não conseguem avançar.
Grupos armamentistas do país argumentam que a Segunda Emenda da Constituição americana dá ao indivíduo o direito de ter e portar uma arma de fogo.
O número estimado de armas (registradas e ilegais) nos EUA varia de 265 milhões a quase 400 milhões -a população americana soma cerca de 328 milhões de habitantes.
A presidente da Câmara de Deputados americana, Nancy Pelosi, disse que “o Congresso tem o dever [junto às vítimas] de tomar medidas reais para pôr fim à violência com armas de fogo”.
O tema é um dos pontos centrais do debate político que antecede as eleições presidenciais de novembro deste ano -democratas defendem regras rígidas para restringir a venda de armas, enquanto republicanos em geral adotam uma posição conservadora se baseando na Segunda Emenda.
Fonte: Folhapress