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“Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora”, afirma Bolsonaro sobre relação com os EUA

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) optou por fazer sua primeira menção aos Estados Unidos após a eleição de Joe Biden de maneira inflamada. Ele discursou na tarde desta terça-feira (10) em Brasília, proferindo palavras que foram interpretados por diversos interlocutores como uma espécie de ameaça ao país americano, por conta da possibilidade de imposição de barreiras comerciais caso o Brasil não toma providências em relação à preservação da Amazônia.

“Todo mundo que tem riqueza não pode dizer que é feliz, não. Tem que tomar cuidado com a sua riqueza. Está cheio de malandro de olho nela. O Brasil é um país riquíssimo. Assistimos há pouco um grande candidato a chefe de Estado dizer que se eu não apagar o fogo na Amazônia levanta barreiras comerciais contra o Brasil. Como é que nós podemos fazer frente a tudo isso? Apenas na diplomacia não dá. Porque quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, se não, não funciona. Precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem. Esse é o mundo”, afirmou o presidente.

Apesar de não citar o nome de Biden diretamente, a fala é tida como uma consequência direta por conta da derrota de Donald Trump, atual presidente americano e aliado de Bolsonaro, nas eleições presidenciais americanas deste ano. Ao lado de nomes como Vladmir Putin, da Rússia, e López Obrador, do México, o presidente brasileiro ainda não reconhecer a vitória do representante do partido Democratas nos Estados Unidos.

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