O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, disse nesta sexta-feira, 13, que “novas linhas de frente” da guerra no Oriente Médio podem se abrir, caso Israel continue seus ataques e o cerco total à Faixa de Gaza. A ameaça foi feita durante sua visita a Beirute, no Líbano, que faz fronteira com o norte do território israelense.

Segundo a agência de notícias estatal do Irã, Tasnim, Amir-Abdollahian disse que autoridades ocidentais lhe perguntaram se é possível que novas linhas de frente se abram contra o Israel.


“Naturalmente, com a continuação dos crimes de guerra israelenses e o cerco humanitário a Gaza e à Palestina, qualquer decisão e possibilidade por parte de outros membros do movimento de resistência é provável”, afirmou Amir-Abdollahian.

O “movimento de resistência” a que ele se refere é composto por atores que se opõem à existência do Estado de Israel, incluindo o Hamas, em Gaza, o Hezbollah, no Líbano, e outros grupos armados na Síria, no Iraque e no Iêmen.

O chanceler iraniano, porém, não detalhou com quais autoridades ocidentais ele conversou.

Ele também se encontrou com Hassan Nasrallah, secretário-geral do grupo terrorista libanês Hezbollah. Durante a reunião, os dois analisaram os recentes acontecimentos e desenvolvimentos após o ataque do Hamas e a agressão de Israel contra Gaza, segundo a Tasnim.

Escalada da guerra
A televisão estatal da Síria disse nesta quinta-feira 12 que Israel lançou ataques aos principais aeroportos da capital Damasco e à cidade de Aleppo, no norte do país. Se for real, o ataque eleva o risco de uma guerra regional após o ataque sem precedentes a Israel do grupo terrorista palestino Hamas no sábado 7, que matou mais de 1.300 israelenses.

Os militares israelenses não emitiram nenhuma declaração em resposta à acusação, mas geralmente não comentam tais incidentes.

Durante anos, Israel realizou ataques contra o que descreve como alvos ligados ao Irã na Síria, incluindo contra os aeroportos de Aleppo e Damasco. Essas investidas têm como objetivo interromper as linhas de abastecimento iranianas para a Síria, imersa em uma guerra civil desde 2011, onde a influência de Teerã cresceu desde que declarou apoio à ditadura liderada por Bashar al-Assad há mais de dez anos.

Também nesta semana, bombardeios de Israel atingiram cidades do sul do Líbano, em resposta a um novo ataque de foguetes do grupo terrorista islâmico Hezbollah. A troca de disparos na quarta-feira 11 aumentou os temores sobre uma escalada da guerra.

O Hezbollah disse ter disparado mísseis de precisão contra Israel depois da morte de seus membros em bombardeios no início desta semana, prometendo respostas “decisivas” aos ataques em território libanês, especialmente os mortais. Em resposta, os militares israelenses afirmaram que estavam atacando o Líbano depois que uma de suas posições no norte, perto da cidade de Arab al-Aramshe, foi alvo de tiros antitanque.

Tanto o Hezbollah quanto a facção palestina Hamas reivindicaram ataques do Líbano contra Israel na última terça-feira, 10. A eclosão da violência ao longo da fronteira ocorreu depois que o Hamas fez uma incursão contra Tel Aviv durante o fim de semana, provocando uma campanha de bombardeios israelenses contra Gaza.

Fonte: Veja

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