Um adolescente morreu e outros cinco ficaram feridos após uma adolescente de 14 anos ter aberto fogo na escola em que estudavam no distrito de Bezhitsky, na cidade de Briansk, na Rússia. A menor, que cursava a 8º série, cometeu suicídio após o ataque, informaram as autoridades locais, nesta quinta-feira. A região, que fica próxima à fronteira com a Ucrânia, é alvo ocasional de bombardeios e ataques de drones de Kiev.
Os policiais receberam o alerta de um incidente no Ginásio nº 5 da região por volta de 9h15 (3h15 no horário de Brasília), informou a agência russa Tass. A menor, que não teve a identidade revelada, teria levado um rifle de caça de cano liso Bekas-3 pertencente a seu pai, que tinha licença legal para portá-la, informou o membro da Duma russa Alexander Khinshtein, à agência.
As vítimas também não foram identificadas, mas sabe-se que a fatal era uma colega de turma da atiradora, informou a AFP. Entre os feridos, um está em estado grave. Ele teria sido ferido no ombro e no joelho e segue em tratamento intensivo, informou à Tass o vice-ministro da Saúde, Alexey Kuznetsov. Os outros foram hospitalizados com ferimentos à bala e estão em condição estável, de acordo com informações dos hospitais comunicadas à agência russa. Um dos feridos (não foi especificado qual) já foi submetido a uma cirurgia.
De acordo com os investigadores citados pela Tass, a causa mais provável para o ataque teria sido um conflito entre a agressora e o restante dos colegas. A atiradora será submetida, ainda segundo a agência, a um exame psicológico e psiquiátrico post-mortem. O Comitê Investigativo russo abriu uma investigação do caso, e o pai da menor foi levado pelos policiais para ser interrogado.
O governador de Briansk, Alexander Bogomaz, prestou condolências às vítimas e aos seus familiares. Bogmaz informou também que as autoridades da região estarão prestando assistência. Os estudantes e seus familiares, além dos professores, também receberão assistência psicológica, informou o Ministério da Educação russo, citado pela Tass. Uma força tarefa foi montada no local e o ministro da Saúde, Mikhail Murashko, está supervisionando pessoalmente a prestação de serviço médico às vítimas. O membro da Duma informou também que será realizada uma revisão das operações do serviço de segurança da escola.
Apesar de serem considerados raros, os tiroteios têm se tornado frequentes na Rússia nos últimos anos. Em setembro do ano passado, um homem armado matou 18 pessoas em uma escola na cidade de Izhevsk, no oeste do país.
Em 2021, um atirador de 19 anos matou nove pessoas em uma escola da cidade de Kazan (sudoeste). No mesmo ano, um adolescente matou seis pessoas a tiros em uma universidade na cidade de Perm, perto dos Montes Urais.
Fonte: Extra