Na tarde da última sexta-feira (15), a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Feira de Santana (DRFR) pediu a prisão temporária de um homem, identificado de prenome Ícaro, suspeito de matar o policial militar da Rondesp Leste, Alan Magalhães Vicente, de 46 anos, ocorrida na última terça-feira (12). Também, na sexta-feira, um homem se apresentou com o advogado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Salvador, alegando sua inocência no caso. 

Ao Acorda Cidade, a delegada adjunta da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, Tatiane Brito, explicou que pediu a prisão temporária de Ícaro devido à falta de residência fixa e sua conexão com crimes de roubo. Ela também menciona evidências, incluindo o reconhecimento da motocicleta roubada dois dias antes do crime e usada no momento em que o policial foi morto. A delegada detalhou também o processo de solicitação da prisão temporária e a possibilidade de prorrogação. A delegada afirma que as evidências estão se consolidando, apesar do álibi apresentado pelo advogado de Ícaro.


“Enquanto ainda estamos no curso da investigação, do inquérito policial e quando o indiciado, o investigado, não tem uma residência fixa e se encaixa, em um dos crimes apresentados no rol da lei 7.960, que é a lei de prisão temporária, então dá mais a entender, é mais conveniente e oportuno da gente fazer esse pedido da prisão temporária. Então, uma vez concedido, por se tratar de um crime hediondo, eu terei mais 30 dias, podendo até ser prorrogado por mais 30, para que a gente junte uma quantidade maior de subsídios, de fotos, de vídeos, de outras informações maiores que possam estar girando ao redor dessa situação”, explicou. 

Desde o ocorrido, a polícia trabalha para prender e identificar todos os possíveis envolvidos no crime. Um dia após homicídio, na tarde de quarta (13), um dos suspeitos morreu em confronto com policiais na cidade de Santo Estevão. 

De acordo com ela, um grande quebra-cabeça está sendo montado para elucidar as reais causas do crime. Ela pontuou que a polícia já encontrou informações elementares sobre atividades ilegais por parte do suspeito, que tem se consolidado nas investigações.  

“O suspeito é uma pessoa frequente na prática de roubos de motos. A moto utilizada por esse suspeito foi roubada dois dias antes. A vítima proprietária da moto o reconheceu. A gente apresentou um quadro com várias fotografias e o dono reconheceu. Ele apontou, a gente não apresenta nomes nesse quadro de fotografias e coloca várias fotos sem os nomes, e ele pontuou quais seriam os dois suspeitos que teriam assaltado ele, dois dias antes de este crime ter acontecido. A gente ficou trabalhando em cima das oitivas, da junção de provas, porque a gente precisa juntar o máximo de elementos possíveis neste pedido e apresentar ao juiz as nossas justificativas da necessidade da pessoa ficar presa”, ressaltou a delegada ao Acorda Cidade.

Ainda segundo a delegada, dois dias após a morte do policial, a moto foi abandonada em via pública e localizada por policiais, que apreenderam e apresentaram o veículo no Complexo Policial Investigador Bandeira, no conjunto Jomafa.

Seguindo as investigações, Tatiane Brito também confirmou que a filha do policial deve passar por uma nova oitiva.

“Infelizmente vai ser necessário ela retornar. O Serviço de Investigação (SI) está entrando em contato com ela para marcar mais uma oitiva justamente para a gente dar continuidade e tentar fazer um reconhecimento também e colher mais informações a respeito de um detalhamento maior do dia do fato”. 

Sobre o vídeo divulgado no dia do crime, onde suspeitos pularam um muro em fuga, a delegada também esclareceu que não se tratava da mesma ocorrência. 

“Esse vídeo que ficou divulgado, ele inclusive, atrapalhou um pouco as investigações porque não é um vídeo do dia daquele crime, é um vídeo de outra situação, de outro momento. Então, não se trata, não tem relação, esse vídeo pulando esse muro, nesse condomínio, não tem relação com esta pessoa, com o dia do fato”, esclareceu a delegada em entrevista ao Acorda Cidade. 

Além disso, a delegada afirmou que a prisão temporária é de 30 dias, porque o caso é considerado como um crime hediondo. Mas, esse período pode ser prorrogado por mais 30 dias caso seja necessário. 

Por conta da apresentação do suspeito ter sido realizada em Salvador, a delegada informou que não conversou com o suspeito nem com o advogado dele. 

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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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