Quem saiu para observar o desfile do dia 7 de Setembro em Ipirá ficou em estado de desapontamento, porque não conseguiu visualizar em momento algum, juntas, lado a lado, trocando beijos, as duas melhores fanfarras que se apresentaram na avenida. Quando uma vinha na calçada da escola Góes Calmon, a outra enveredava pela calçada do outro lado da avenida e emburacava no calçadão. Quando uma ia para o norte, a outra disparava para o sul.
Enquanto a fanfarra do deputado Jurandy Oliveira tocava ‘entre tapas e beijos…’, a fanfarra do prefeito Dudy insistia na batida do ‘não tem dum, dum!’ Um show de fanfarronice. Se você não viu essa parte, perdeu o melhor da festa, retratada em detalhes abaixo.
O deputado Jurandy Oliveira tem pela frente a eleição mais difícil, embaçada e embaraçada de sua carreira política, desta vez, ele tenta transferir votos para eleger o filho deputado estadual. Transferência de voto, muitas vezes, vira uma carta de amor mal correspondido. Esta é a tarefa primordial do deputado.
O grupo político do deputado Jurandy Oliveira em Ipirá está na boca da bigorna, com a corda no pescoço e com um pé no tamborete, que está arriando. Se cair, já era!
Tem a vice-prefeita Nina como ‘persona non grata’ no espaço do poder municipal. Perdeu dois vereadores eleitos pelo voto do povo, devido a um erro grosseiro, amador e inconseqüente da coordenação de campanha. Conta com o apoio de dois vereadores e das lideranças Diomário e Antônio, que foi obrigado a dizer que o candidato dos macacos é o filho do deputado. O prefeito Dudy é adversário ferrenho desta ‘candidatura de família’ dentro da macacada. É a famosa fanfarra ‘Balaio de Gato’, que não tem liderança que solucione.
O prefeito Dudy não pensa duas vezes ao dizer que o deputado não deixa essa mania de trairagem e trouxe um federal do grupo do ‘Tanto Faz’ deixando de lado o federal do time de Lula. É um fato. Embora o deputado continue na mesma pegada de Rui Costa para governador e presidente, mesmo com tanta pesquisa fantástica e fantasiosa apontando para o outro lado da rua. O deputado continua firme. Depois das eleições, elegendo o filho, o deputado será o primeiro a chegar para a posse, mesmo não recebendo o convite. O deputado continuará firme no seu partido PP (Partido do Poder).
Por tudo isso e muito mais, é que essas Eleições para governador tem um significado de ‘calça de veludo ou bunda de fora’ para a gestão do prefeito Dudy, que tem que movimentar a corda da viola para que o samba não saia atravessado. Se ‘Tanto Faz’ abocanhar o filé mignon, o prefeito vai ter que se contentar com carne de pescoço no almoço e cascalho na sobremesa até o término do mandato. É isso o que a jacuzada mais deseja na rabichola do cavalo de pau.
Porque na rabichola do Tribunal Superior Eleitoral TSE, os vereadores da jacuzada ganharam de 7 a 0, graças ao esforço do vereador Suita, porque as lideranças fugiram dos compromissos assumidos e faltaram ao prometido, devido estarem preocupados com ‘Tanto Faz’ para si e um ‘tanto faz os vereadores se lascarem’ para eles. Devido a tudo isso:
Está em desfile continuado uma rebelião de vereadores, que em sua maioria não estão apoiando candidatos a deputados indicados pelas lideranças. O líder Luiz Carlos não tem um vereador ajudando o seu candidato. Agora, vai ter que mostrar que é o bom do pedaço jacuniano. O líder Marcelo Brandão foi obrigado a se juntar ao vereador Suita para ficar bem na fita.
O líder-pensador da macacada, o ex-prefeito Dió, não morde nem assopra, fica matutando a chegada do governador, para ele usar aquele fraque bem ajustado ao tronco e assumir a projeção grandiosa, nobre e elevada de comandante da turba de macacos, como se a vida fosse eterna, mesmo que depois, o fraque fique encaixotado no armário, ao rigor de naftalinas, pelo resto da vida.
Ao tempo, que o líder-testamentário Antônio Colonnezi tenta de toda forma manter a aparência da ‘união familiar macacaniana’, com o áudio e vídeo: “o candidato da macacada é o filho do deputado Jurandy! Obedeçam!” Pode ser da macacada, mas não é de todos os vereadores. Essa é a razão do desfile na avenida.
Escrito por Agildo Barreto