POLÍTICA

Eduardo Bolsonaro entra em pânico após Flávio cogitar desistir da corrida presidencial

A pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República voltou a ser colocada em dúvida neste domingo (7), após o senador admitir publicamente que pode retirar seu nome da disputa. A declaração reforçou a percepção de que o anúncio feito na última sexta-feira (5) pode ter funcionado como um “balão de ensaio” no cenário político.

Ao deixar um culto evangélico em Brasília, Flávio conversou com jornalistas e afirmou que sua entrada na corrida presidencial não está garantida. “Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim e eu tenho um preço para isso, que eu vou negociar. Eu tenho um preço, só que eu só vou falar para vocês amanhã”, disse o senador.

Questionado se o “preço” mencionado teria relação com a votação da anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro, ele respondeu apenas: “Está quente”, evitando detalhar o assunto.

A fala repercutiu também dentro da própria família Bolsonaro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que mantém interesse em disputar a Presidência no futuro, demonstrou descontentamento com as declarações do irmão e enviou um recado direto a Flávio. Segundo interlocutores, Eduardo viu na fala do senador um sinal de fraqueza política e interpretou o movimento como prejudicial às articulações do grupo.

Flávio confirmou durante a conversa com a imprensa que a candidatura anunciada dias antes pode não se concretizar. O movimento, segundo ele, depende de negociações que ainda estão em curso. A admissão reforçou a interpretação de que a iniciativa teria sido articulada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, preso em Brasília, como forma de pressionar o Congresso pela aprovação da anistia, o que poderia beneficiá-lo diretamente.

As declarações do senador adicionam novos elementos às disputas internas e às incertezas que cercam o campo bolsonarista a menos de dois anos das eleições presidenciais.

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