A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi afastada temporariamente da presidência do PL Mulher. A informação foi divulgada pelo partido na tarde desta segunda-feira (8) e compartilhada por ela em suas redes sociais. Segundo a sigla, o afastamento ocorre por motivos de saúde supostamente agravados após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a nota, Michelle enfrentava alterações em seu estado de saúde nos últimos meses. O partido afirma que as tensões relacionadas à prisão de Bolsonaro e ao que chamou de “constantes injustiças” contra a família teriam afetado sua imunidade, levando ao afastamento temporário das atividades políticas.
A decisão, porém, ocorre em meio a uma série de conflitos envolvendo Michelle e os filhos do ex-presidente. Nas últimas semanas, ela contestou publicamente uma articulação política no Ceará que buscava aproximar aliados de Bolsonaro do ex-ministro Ciro Gomes para as eleições de 2026. A intervenção gerou atritos com Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro. Após críticas dos enteados, Michelle pediu desculpas, e a articulação foi interrompida.
A crise familiar ganhou novo capítulo na sexta-feira (5), quando o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou ter sido escolhido pelo pai para disputar a Presidência da República em 2026. Michelle, que também é cotada como possível candidata, não teria sido informada previamente sobre a decisão.
Antes de anunciar seu afastamento do PL Mulher, Michelle compartilhou uma nota assinada por Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, a respeito da escolha de Flávio. O comunicado afirmava que “se Bolsonaro falou, está falado”. Michelle desejou “sabedoria, força e graça” ao enteado em sua nova missão.
Ainda nesta segunda-feira, ela publicou em suas redes sociais um salmo bíblico que menciona livramento “do laço do passarinheiro e da peste perniciosa”, além de proteção divina contra inimigos. A publicação foi encerrada com a frase: “O Brasil é do Senhor Jesus”.





