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‘Não vou renunciar ao meu mandato’, afirma Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 27, que está sob ataque de veículos de imprensa, atribuiu isso à diminuição de verbas do governo para publicidade e afirmou que não vai renunciar ao cargo. “Não vou renunciar ao meu mandato, não vou dar dinheiro para imprensa”, disse o presidente em sua transmissão ao vivo pelo Facebook semanal. “Eu acredito que estou fazendo um trabalho bom, na medida que eu posso. Parece que não posso mudar nada”, afirmou.

© Carolina Antunes/PR

Na transmissão, Bolsonaro lembrou de projetos de lei de interesse do governo e que, segundo ele, estão parados nas casas legislativas. “Alguns dizem que não tenho articulação com o Congresso”, afirmou. O presidente pediu ao Parlamento que coloque em votação Medidas Provisórias (MPs) em pauta para não caducarem. Ele citou a MP que criava a carteira digital de estudantes e outra que dispensava empresas da obrigatoriedade de publicar balanços em jornais. Ambas perderam a validade antes de serem votadas.

O aceno ao Legislativo é feito em meio à repercussão da divulgação, pelo Estado, da notícia de que o presidente repassou para seus contatos no WhatsApp vídeos convocando para a manifestação marcada para o próximo dia 15, que tem como mote a defesa de Bolsonaro e críticas ao Congresso Nacional.

Ceará

O presidente afirmou ainda que não irá renovar as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Ceará, que é alvo de motim de policiais militares. “A gente espera que o governo resolva o problema da Polícia Militar do Ceará e bote um ponto final nessa questão”, disse Bolsonaro, ao pedir que o governador Camilo Santana (PT) negocie com a PM do Estado.

“No momento eu não tenho tranquilidade”, disse Bolsonaro ao justificar a não prorrogação para além do prazo de oito dias vigentes, que expira hoje. “Precisamos ter uma retaguarda jurídica”, afirmou. Ainda segundo Bolsonaro, “GLO não é para ficar eternamente atendendo um ou mais governadores. GLO é uma questão emergencial”. O presidente também pediu apoio aos governadores “para que o Parlamento vote o excludente de ilicitude.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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