O Ministério da Saúde da Rússia autorizou nesta sexta (25) a vacinação contra covid-19, para maiores de 60 anos com a Sputnik V. Até agora, o imunizante que começou a ser utilizado massivamente no país em 15 de dezembro, só estava sendo aplicada em pessoas entre 18 e 60 ano.
Na semana passada, o presidente russo Vladimir Putin admitiu em sua entrevista coletiva anual que não poderia ser vacinado porque sua idade, 68, não permitia.
“Sigo as recomendações dos nossos especialistas e é por isso que até agora não tenho a vacina, mas farei sem falhas quando possível”, disse o presidente, que completou 68 anos no dia 7 de outubro.
Isso despertou suspeitas em alguns países interessados em adquirir a vacina russa, como a Argentina, o primeiro país a registrar o Sputnik V no dia 23 de dezembro, coincidindo com a chegada de um avião com as primeiras doses.
Nas redes sociais, muitos russos reclamaram que Moscou fornece maciçamente a vacina a outros países antes de seus próprios cidadãos.
Em resposta, o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, anunciou ontem que o governo fornecerá cerca de 6,5 milhões de doses do Sputnik V aos seus centros médicos em janeiro e fevereiro de 2021.
“Nossa missão agora é aumentar o volume de produção do vacina contra o coronavírus para abastecer todas as regiões do nosso país ”, afirmou.
Com os 29.258 positivos detectados nas últimas 24 horas, a Rússia já tem 3.021.964 casos do covid-19 e ocupa o quarto lugar no mundo, atrás dos Estados Unidos, Índia e Brasil, em número de infecções.