O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta sexta-feira (7) o julgamento dos recursos apresentados pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado.
Os recursos visam reduzir o tempo da pena imposta pela Primeira Turma do Supremo. A análise poderá se estender até a próxima sexta-feira (14). Após a conclusão e publicação das decisões dos ministros, o processo poderá ser considerado “transitado em julgado”, o que levaria à execução imediata da pena e à prisão do ex-presidente.
De acordo com informações de bastidores, caso a prisão seja efetivada, Bolsonaro deverá ser encaminhado ao presídio da Papuda, em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes já teria determinado a preparação de uma cela especial para o ex-presidente.
Atualmente em prisão domiciliar, Bolsonaro tem recebido visitas de aliados e se diz “injustiçado” e “perseguido”. Segundo relatos de apoiadores, o ex-presidente acredita que a prisão é inevitável e culpa o ministro Alexandre de Moraes pela condenação.
A defesa de Bolsonaro e o Governo do Distrito Federal enviaram ofício ao ministro Moraes solicitando uma avaliação médica do ex-presidente, alegando que ele enfrenta problemas de saúde e tem passado por cirurgias e internações recorrentes.
Aliados de Bolsonaro apontam a possibilidade de que a prisão ocorra na próxima sexta-feira (14), data que, segundo eles, teria um caráter simbólico, por coincidir com o aniversário da deflagração da Operação Lava Jato, em 14 de novembro de 2014.
