Através nota à imprensa, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento Básico (Embasa) contestou os dados sobre a presença de agrotóxicos na água em 271 municípios da Bahia, divulgados pela investigação conjunta da ONG Repórter Brasil, da Agência Pública e da organização suíça Public Eye. A Embasa garante conformidade da água distribuída e afirma que os níveis de agrotóxicos nos municípios citados pela pesquisa estão bem abaixo do valor máximo permitido (VMP) pelo Ministério da Saúde.
Os dados que ganharam repercussão em toda a Bahia apontam que 271 municípios, inclusive Ipirá, contêm pelo menos um agrotóxico na água que abastece às torneiras. Segundo a pesquisa, Mucugê, na Chapada Diamantina, Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Itapetinga, Centro Sul, e São Félix do Coribe, no Oeste, tem a situação mais crítica e consomem um perigo coquetel com 27 agrotóxicos encontrados na água utilizada pela população.
Confira nota da Embasa na íntegra:
Sobre investigação conjunta da ONG Repórter Brasil e da organização suíça Public Eye sobre presença de agrotóxicos na água distribuída no Brasil a partir de resultados de análises registrados entre 2014 e 2017 no Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), a Embasa esclarece que a interpretação dos dados divulgados em matéria jornalística não informa que os níveis detectados nas amostras dos municípios citados estão bem abaixo do valor máximo permitido (VMP) pelo Ministério da Saúde.
Vale ressaltar que, no período considerado na investigação (2014-2017), os equipamentos e procedimentos utilizados nas análises da Embasa indicavam com precisão a presença quase nula, ou em concentração inferior ao VMP, de 23 das 27 substâncias de agrotóxicos monitoradas nas análises. Para as outras quatro substâncias, o nível de precisão era mais baixo. Em 2018, porém, laboratórios de terceiros foram contratados para verificar com mais precisão a presença dessas quatro substâncias e os resultados, já disponíveis no Sisagua, atestam que a água distribuída pela empresa está em conformidade com a Portaria de Consolidação nº5 de 2017, norma que determina os parâmetros de potabilidade da água no Brasil.
Sem considerar essa informação, a ONG Repórter Brasil e a Public Eye afirmam que a água de alguns municípios baianos está com presença de agrotóxicos acima do nível permitido. No entanto, a partir de 2018, foi possível comprovar que todas as 27 substâncias estavam em total conformidade com o exigido pelo Ministério da Saúde.
Fonte: Blitz Conquista