BAHIA

Uso de máscara em locais fechados e ônibus passa a ser recomendado em Feira de Santana

Devido à incidência de casos de covid-19 e do surto do vírus causador da nova varíola, o prefeito de Feira de Santana, Colbert Filho, recomenda o uso da máscara em ambientes fechados e nos transportes coletivos do município.

Um decreto foi publicado nesta sexta-feira (12), no Diário Oficial do Município, determinando a obrigatoriedade, mas o prefeito informou ao Acorda Cidade que o decreto foi editado e republicado. Em vez de obrigatório, o uso será recomendado, a partir de hoje.

Segundo Colbert, o paciente com Monkeypox foi examinado ontem (11) e conversou com a equipe, passando informações mais claras sobre como foi infectado. Ele adquiriu o vírus em outro estado e estava com a carga viral muito alta.

“Ontem à noite tivemos informações mais específicas com a drª Melissa Falcão, nossa infectologista, e em razão disso [caso confirmado de varíola dos macacos], nós vamos modificar o decreto apenas no sentido de dizer que o uso de máscara passa a ser recomendado e não obrigatório”, declarou o prefeito ao Acorda Cidade.

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Pesquisadores da Fiocruz em Feira de Santana

A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) realizou nesta quinta-feira (11), uma sessão científica para apresentar e discutir a situação epidemiológica da varíola dos macacos no Brasil e na Bahia.

O evento contou com a palestra de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ), do Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde na Bahia (CIEVS-BA), com mediação do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Vigilância da Saúde (Nupevs) da Uefs

Representando a Fundação Oswaldo Cruz, o pesquisador e infectologista Rivaldo Venâncio da Cunha destacou que a doença está sendo chamada de ‘nova varíola’, para que não tenha relação do vírus com o macaco.

Uso de máscara pode prevenir?

Segundo o pesquisador Rivaldo Venâncio, a possibilidade do vírus ser transmitido pela saliva só pode ocorrer caso a pessoa tenha algum ferimento na região da boca.

“Essa transmissão não pode ser comparada com o vírus da Covid-19, que hoje pode ser transmitida pelo ar ou até mesmo pelo chamado ‘bafo’, mas nós estamos observando que esta nova varíola pode afetar a região da face, então a pessoa pode ter lesões orais como nos lábios, na língua, na boca, mas para esta transmissão acontecer, só se for através de um beijo, por exemplo, ou durante a relação sexual”, disse.

Qual o período de isolamento?

Para Rivaldo Venâncio, o essencial é que as pessoas evitem o contato mais próximo com familiares da própria residência, por pelo menos duas semanas.

“Isso vai depender muito do caso, mas a recomendação inicial é que se tenha um isolamento, não é tão rigoroso como em outras doenças, mas é muito importante ter a proteção, principalmente com as feridas. É necessário que evite dormir na mesma cama, usar a mesma toalha, sentar próximo do outro, então o que nós recomendamos é que esta pessoa possa ficar afastada dos familiares por pelo menos duas semanas”, pontuou.

Já tem vacina?

De acordo com o pesquisador da Fiocruz, a vacina já existe, porém não em grande quantidade para atender toda a população.

“Já existe a vacina contra esta doença, no entanto, o processo de fabricação dela está muito restrito neste momento. É impossível imaginar a vacina para toda a população como acontece com a Covid-19, isso não vai acontecer em um curto período de tempo, e acreditamos que nem há necessidade neste momento. Precisamos ao mesmo tempo em que aceleramos o processo de fabricação da vacina, também cuidar do processo de disseminação da doença, mas a vacina em si, ela já existe, não serão necessárias novas pesquisas para descobrir uma vacina contra essa nova varíola, mas praticamente, só tem uma fábrica no mundo”, concluiu.

Fonte: Acorda Cidade

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