A nova rodada Genial/Quaest revela uma série inédita de boas notícias para Jair Bolsonaro, incluindo uma aproximação perigosa de Lula a apenas 18 dias das eleições, desde o início da disputa para o Palácio do Planalto.
A vantagem do petista para o líder da extrema-direita caiu de 10 para oito pontos, a menor da série histórica da pesquisa iniciada em julho de 2021. Mas, não é só isso.
Mesmo mantendo grande vantagem que tem no eleitorado feminino, entre os homens, por exemplo, Lula perdeu quatro pontos, e viu Bolsonaro finalmente empatar neste segmento.
É importante dizer que o esquerdista liderava com uma vantagem apertada, mas esteve sempre à frente de Bolsonaro entre os homens. Para se ter uma ideia, em julho deste ano a vantagem do petista nesse segmento do eleitorado era de 11 pontos percentuais.
Lula também caiu muito – cinco pontos percentuais – entre os que tem entre 35 e 59 anos e entre os brasileiros escolarizados apenas com o ensino médio. Neste último caso, de 43% para 38%, enquanto Bolsonaro subiu de 36% para 39%.
Isso, em apenas uma semana. Também é a primeira vez que o petista passa a perder entre esses eleitores.
O mesmo aconteceu com os brasileiros que ganham entre 2 e 5 salários mínimos: Lula caiu de 42% a 37% e Bolsonaro manteve os 39%. Com isso, o atual mandatário passou ganhar também entre esse público.
Um dado importante – e também muito ruim para o PT – é que, nesta rodada, o levantamento registrou empate sobre qual é o maior temor do eleitorado na corrida presidencial: 44% têm medo da continuidade de Bolsonaro, mas 42% temem a volta do PT ao poder.
Outro problema para Lula ocorre quando a Quaest entrevistou os eleitores para o segundo turno das eleições.
Na simulação dessa rodada, a diferença encolheu de 12 para 8 pontos percentuais. É que Lula caiu de 51% para 48%, enquanto Bolsonaro passou de 39% para 40% em uma semana.
Depois que a pesquisa Ipec renovou esperanças de o PT voltar a sonhar com uma vitória no primeiro turno, a rodada Quaest aponta outro caminho: uma disputa que pode terminar no voto a voto.
Fonte: Veja