O candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta quinta-feira (27) em sua página no Twitter que só critica o 13º salário quem desconhece a Constituição. Ele ainda classificou a crítica ao 13º como uma “ofensa” a quem trabalha.

Em palestra nesta quarta (26) na Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana (RS), o general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, defendeu pensamento liberal na economia e discursou contra fatores que, segundo ele, encarecem a contratação de mão de obra. Nessa fala, ele chamou o 13º de “jabuticaba”.

“Temos algumas jabuticabas que a gente sabe que são uma mochila nas costas de todo empresário. Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Se a gente arrecada 12, como é que nós pagamos 13? É complicado. E é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais. É aqui no Brasil. Então, são coisas nossas. A legislação que está aí é sempre aquela visão dita social, mas com o chapéu dos outros, não é com o chapéu do governo”, afirmou.

Nesta quinta (27), Bolsonaro publicou no Twitter: “O 13° salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição). Criticá-lo, além de uma ofensa a quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição”.

‘Fuzilar a petralhada’
Nesta quarta-feira (26), o oficial de Justiça Luiz Filippe Simões Mensorio informou ao Supremo Tribunal Federal que não conseguiu notificar o deputado federal e candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, para que ele explique a declaração sobre “fuzilar a petralhada”.

Em 1º de setembro, durante evento de campanha em Rio Branco (AC), Bolsonaro declarou: “Vamos fuzilar a petralhada toda aqui do Acre!”. Em razão das declarações, a coligação do PT entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu que Bolsonaro responda por injúria eleitoral, incitação ao crime e ameaça.

O local determinado para a notificação era o gabinete do deputado, na Câmara. Agora, caberá ao relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, decidir se aguarda a alta médica ou se manda notificar o parlamentar no hospital.

Fonte: G1