A Expo-Ipirá do prefeito Tiago Oliveira (T.O.) foi uma casca de banana. No domingo, 8 h da manhã, a quase totalidade dos animais de fora já tinham batido em retirada. Da mesma forma, muitos estandes detonaram o “já fui, banda Mel!”, bem antes mesmo do término da festa. Foi a turma que ficou com a casca.
Para finalizar o prefeito T.O., esperto que nem bode subindo em pé de umbuzeiro, contratou um cantor e uma multidão acompanhou o show. Vingou o bordão: “deu muita gente!” Motivo para a Expo-Ipirá ser um grande sucesso. Foi quem comeu a banana.
Muito mais significativo para a economia rural de Ipirá como um todo, será a concretização e efetivação da feira de animais às quartas-feiras, no Parque de Exposição, depois de tentativas fracassadas. Essa tarefa não é das mais fáceis. Necessário um debate aberto, que se distancie da exclusividade ocorrida na feitura da exposição.
Nota da prefeitura: “A obra representa um avanço significativo para a mobilidade rural, tem valor total de R$535.999,98 (quinhentos e trinta e cinco mil, novecentos e noventa e nove reais e noventa e oito centavos) e oferecerá melhores condições de tráfego e mais segurança para moradores, produtores e visitantes da comunidade da Caboronga.”
Uma pergunta bem simples: esse dinheiro público veio de onde? Em Ipirá, existe um costume cavernoso: os gestores do município não dizem nem a pau de onde saiu o dinheiro para a obra.
Se for recurso próprio, a nota da prefeitura está sendo injusta, inverídica, ilegítima, insincera com a administração Thiago Oliveira ao não anunciar uma obra com recurso próprio no seu minguado quadro de obras, desde quando, a gestão T.O. não disse ainda para que veio, não executa obras e vive do esforço alheio e de propaganda enganosa, quando gosta de fazer cantoria de galo no terreiro do vizinho.
Se for recurso estadual ou federal? Aí a nota do prefeito T.O. está sendo falsa, infiel e desleal ao sonegar a verdade à população criando, desta forma, a condição da dúvida na cabeça das pessoas, que ficam achando que aquela obra é fruto do esforço municipal.
2026 será um ano eleitoral. É necessário ‘que se dê a César o que é de César’, mesmo sendo com dinheiro público. Não convém surrupiar as obras alheias.
Além do mais, é interessante a narrativa da prefeitura para a ladeira da Caboronga, quando diz: “…começou a receber serviços de encascalhamento, uma ação inédita e aguardada há anos pelos moradores da região.” Ao tempo que não utiliza nenhum argumento para os quatro quebra-molas colocados na rua do hospital, numa falta de reconhecimento grandioso, ‘por um serviço que é uma ação inédita e aguardada há anos pelos moradores de Ipirá’.
A grande novidade da semana é que o prefeito T.O. tomou uma chapuletada na votação da Câmara de Vereadores. Os vereadores fizeram um projeto que contou com a votação total da Casa: 15 votos.
Trata-se da obrigatoriedade da entrega, aos parentes até segundo grau, de um relatório sobre a situação de pacientes internados no hospital de Ipirá, que estão aguardando a REGULAÇÃO.
O prefeito Thiago Oliveira cacetou o projeto, ou seja, VETOU, derrubou o projeto. O VETO do prefeito T.O. retornou para votação na Câmara de Vereadores na sessão do dia 14 de outubro e perdeu de 8 a 4.
O X da questão é a REGULAÇÃO de pacientes de Ipirá. O que acontece? O Hospital de Ipirá não entrega o relatório do paciente, nem aos parentes; o que acompanha é um código da doença. Mas, a UPA de Ipirá entrega o relatório (segundo fala de alguns vereadores).
A REGULAÇÃO resolveu o problema da enchente nos corredores dos grandes hospitais, mas não eliminou o problema da falta de assistência médica no Estado da Bahia para a demanda de alta complexidade em estado crítico. O paciente pena e padece na fila, quando não morre.
Do corredor da morte para a fila da morte. Não se morre mais nos corredores dos grandes hospitais; a morte agora é na fila de espera, basta a REGULAÇÃO não sair ao tempo suficiente; basta a REGULAÇÃO demorar e o estado crítico do paciente não suportar a demora imposta.
O prefeito Thiago Oliveira vai entrar na Justiça contra a Câmara. A vara de bambu enverga, mas não quebra. Mesmo sendo uma REGULAÇÃO seletiva, com favoritismo e apadrinhada por políticos. Parece que todo mundo está rendido ao problema. Cuidado prefeito; não mexa com a Câmara de Vereadores, V.Exa. vai ter que vomitar!
Vídeo do prefeito:
Encerrando a matéria com uma pergunta: você, leitor desse blog, fica com o prefeito ou com os vereadores? E se for um parente seu?
Por Agildo Barreto