Os corpos de duas das três jovens desaparecidas em Anguera, cidade a 30 km de Feira de Santana, foram identificados pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) nesta quarta-feira (15). As vítimas são Carol Ferreira Rodrigues, de 21 anos, e Rafaela Carvalho Santos, de 15. O terceiro corpo encontrado segue em processo de identificação, com suspeita de que seja de Letícia Araújo Rodrigues, de 22 anos, desaparecida junto com as amigas.
Segundo o DPT, as jovens foram identificadas por meio de impressões digitais. Os corpos de Carol e Rafaela foram liberados para as famílias e os sepultamentos estão previstos para ocorrer ainda nesta quarta-feira.
As três amigas desapareceram no dia 6 de outubro, após informarem aos familiares que iriam até a zona rural da cidade buscar roupas. As peças pertenciam a Letícia, que havia retornado a morar com a mãe recentemente. De acordo com o delegado José Marcos Rios, titular da Delegacia Territorial de Anguera, as jovens saíram praticamente no mesmo horário e informaram o mesmo destino. Desde então, não atenderam ligações nem responderam mensagens.
Até o momento, cinco pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no caso, sendo quatro homens e uma mulher. As primeiras prisões ocorreram no dia 9 de outubro, quando dois homens foram encontrados em uma casa na zona rural de Anguera. No local, a polícia apreendeu roupas queimadas, sandálias femininas e o celular de uma das vítimas. Uma das peças apresentava manchas compatíveis com sangue.
No dia seguinte, o ex-namorado de uma das jovens prestou depoimento e foi liberado. Ele negou participação no desaparecimento, mas continua sendo investigado. Na segunda-feira (13), uma mulher de 19 anos foi presa, mas a polícia não detalhou o papel dela no crime. Os dois últimos suspeitos foram presos nesta terça-feira (14), em operações realizadas em Feira de Santana e Anguera.
Os corpos das jovens foram localizados na manhã de terça-feira, por volta das 8h, em uma estrada no povoado de Guaribas, zona rural de Anguera. Segundo a Polícia Civil, a área é de mata fechada e de difícil acesso.
Familiares aguardam a confirmação da identidade do terceiro corpo. Em entrevista à TV Subaé, Juliana Araújo, mãe de Letícia, relatou a angústia e a indignação com a morte da filha e das amigas.
De acordo com o delegado José Marcos Rios, uma das linhas de investigação considera a possibilidade de ligação do crime com o tráfico de drogas. A investigação segue em andamento para esclarecer a motivação, a dinâmica do crime e o envolvimento de cada suspeito.
As informações são do G1 Bahia