A arquiteta Mônica Benício, viúva da vereadora Marielle Franco, pediu mais uma vez, nesta sexta-feira (31), a resolução do caso da morte da vereadora, morta em março de 2018 no Centro do Rio. Benício ponderou em entrevista ao programa Isso é Bahia, de A Tarde FM 103.9 com Jefferson Beltrão e Fernando Duarte, que nem um mandato Legislativo pode proteger Marielle Franco. 

“Marielle era uma mulher negra que passou duas décadas lutando pelos direitos humanos. Se nem um título de parlamentar pode preservar um corpo que é tido como descartável no Brasil, ninguém está seguro. A morte de Marielle foi um recado político”, defendeu. 

Benício também falou sobre os envolvidos na execução da sua esposa. “Quem articula uma execução de uma parlamentar, entende que está acima da lei”, disse. O policial militar reformado Ronnie Lessa o ex-PM Élcio de Queiroz foram presos, acusados de participarem da execução. A família e apoiadores de Marielle agora pedem uma resposta acerca dos mandatários do crime. 

LEGADO
A história de amor de Marielle com Mônica Benício será transformada em livro. A obra está intitulada até então como “Marielle e Mônica: o amor é inimigo do fim” e tem previsão de lançamento para o dia 27 de julho, dia do aniversário da vereadora. 

“O livro irá narrar o que foi nossa história de amor, nossas dificuldades. Enfrentamos a lesbofobia, que separou a gente por anos. Quando finalmente ficamos juntas, sofremos um corte. Um luto que virou luta e a história que estou vivendo sozinha”, disse Benício.

Fonte: BNews